OPINIÃO

Microbiota intestinal, e o efeito das amêndoas

As amêndoas possuem efeitos reconhecidos à saúde por sua composição em proteínas, ácidos graxos mono e poli-insaturados, fitosterois e polifenois, minerais, vitaminas e fibras.

Considerando a interconexão entre os sistemas de assimilação e comunicação, uma revisão sistemática e metanálise de 9 estudos randomizados avaliou os efeitos do consumo de amêndoas em aspectos relacionados à microbiota intestinal, glicometabolismo e inflamação em indivíduos com diabetes tipo 2.

Os resultados sugeriram que o consumo de amêndoas pode promover o crescimento de bactérias probióticas produtoras de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), além de redução significante dos níveis de hemoglobina glicada e IMC. Os níveis de glicemia de jejum e pós-prandial, bem como de proteína C reativa e TNF-α apresentaram uma tendência a serem menores no grupo que consumiu amêndoas em comparação controle, embora as diferenças não tenham sido significativas.

Os possíveis mecanismos atribuídos aos efeitos encontrados incluem especialmente as ações biológicas na modulação da microbiota intestinal, com aumento da produção de AGCC durante o processo de fermentação das fibras das amêndoas e também pela presença dos polifenois. Os AGCC já foram anteriormente associados à regulação do glicometabolismo no diabetes.

A rica composição nutricional das amêndoas também pode contribuir para a modulação de outros sistemas envolvidos, como o de energia e defesa e reparo, devido à presença de compostos ativos antioxidantes e anti-inflamatórios.

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