Festival de arte urbana mobiliza artistas em Mossoró
Intervenções estão acontecendo no Corredor Cultural onde a paisagem está ganhando novo colorido
Em tempos de pandemia, onde a dor e o sofrimento fazem parte do cotidiano de muitas famílias, uma paisagem com mais cor e brilho pode representar um pouco de alento e mudar o cenário. A realização do 1º Festival de Arte Urbana do Oeste Potiguar (1º Festival de Riscado), está levando esse colorido especial o Corredor Cultural em Mossoró.
Iniciado ontem,16, o festival está reunindo vários artistas plásticos e grafiteiros de Mossoró e região que estão levando cor e alegria para um dos pontos da cultura local. As intervenções visam mostrar a arte do grafite através de pinturas de painéis. Pouco a pouco a passagem vai ganhando novos traços, desenhos e cores nas mãos de artistas.
O festival segue até amanhã, 18, quando os grafiteiros finalizarão o painel. A iniciativa conta com apoio da Prefeitura de Mossoró por meio da Secretaria Municipal de Cultura. O evento foi idealizado pelo artista plástico Marcelo Amarelo.
De acordo com o artista, o projeto já realizou oficinas lambe, grafite, stencil, pintura em latinhas de spray e show de rap on-line. A última etapa é pintura do painel de grafite entre a rua Alfredo Fernandes e avenida Rio Branco, no Corredor Cultural. “A gente vinha com o projeto, houve algumas intervenções, mas por conta dos decretos e todo esse processo. Foi uma parte on-line com oficinas e apresentação de hip hop. Também teve os outdoors lançados na cidade, fizemos uma convocatória para os artistas da região do Alto Oeste que não puderam vir fazer o grafite presencial, mas a gente pensou em um formato para fortalecer mais ainda o movimento do grafite na nossa cidade com outros artistas que convidados para o evento,”, explicou.
A ideia do Festival Riscado, segundo Marcelo surge da necessidade dos artistas que trabalham com artes plásticas e grafite de mostrarem seus trabalhos. “Os grafiteiros da nossa cidade às vezes são riscados (excluídos) de projetos que acontecem em Natal e outros estados. O festival vem para reunir essa galera, esse movimento para se organizarem e começar articular novas ações durante o ano”, acrescentou Marcelo.
Marcelo adiante que há uma expectativa de que o Festival Riscado se consolide e seja realizado anualmente, valorizando os grafiteiros locais e trazendo artistas de outros estados e estrangeiros. “Para fazer esse fluxo de técnicas, misturas e cores para somar com grafiteiros locais”, reforçou.