Fatos, conhecimento e amor
No jornalismo, não se escreve para agradar. Quem assim pensa, já começa dessagrando. Jornalista digno desse nome escreve para denunciar os problemas, propor reflexão sobre eles e contribuir para que sejam solucionados. Para isso, é preciso que aquele que escreve esteja de posse de pelo menos 3 coisas: fatos, conhecimento e amor. Para opinar sobre uma dada situação, exige-se que quem o faça saiba dos fatos, se aproprie do que aconteceu. Em seguida, para propor uma sugestão, é imprescindível que tenha conhecimento sobre as questões ali postas. E não apenas saber do fato, mas ser detentor de conhecimento, ter know how que lhe permita opinar e propor soluções. E, por fim que tudo isso seja feito com amor. Pelas pessoas, pelas relações, pelos projetos, pela possibilidade de contribuir para a transformação da realidade. O amor pelas pessoas se revela quando tenho empatia, quando faço a crítica construtiva, quando desejo que vençam suas dificuldades, aperfeiçoem suas qualidades e coloquem em prática suas habilidades. Tenho amor pelo conhecimento quando me interesso por aprender, para opinar com propriedade. E tenho amor pela realidade quando contribuo para que ela mude para melhor. E tenho contribuir opinando com conhecimento. Não se muda realidade sem que haja alteração de papéis. Isso significa que a opinião nunca vai agradar a todos.
MARCO AURÉLIO
O ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal (STF) criticou o colega Edson Fachin por este ter, de forma monocrática, anulado as condenações contra o ex-presidente Lula originadas a partir do Tribunal da Inquisição da República de Curitiba. E disse que não julgava habeas corpus sozinho. A realidade mostra que Marco Aurélio mentiu.
MARCO AURÉLIO II
Há pelo menos 3 ações em que Marco Aurélio, de forma monocrática, decidiu. Nas concessões de habeas corpus por Marco Aurélio está o do perigosíssimo traficante Andre do Rap. Aurélio lhe concedeu prisão domiciliar, André fugiu.
ERRO AQUI
Todas as instituições, por mais preparadas que estejam para cumprir a issão que lhes cabem, podem errar. Propositada ou involuntariamente. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) por exemplo, errou ao impedir que as provas que mostram a roubalheira do senador Flávio Bolsonaro (PSL) pudessem ser usadas pela Justiça.
ERRO ALI
No episódio de André do Rap, o STF também errou. Se evitam esses erros fechando STJ e STF? Claro que não. Evitam-se, modernizando-os, fiscalizando-os, melhorando-os. E punindo os seus membros que prevaricarem.