EIS O TEMPO, DE VIVER A VIDA!

LUDIMILLA OLIVEIRA –  Reitora da UFERSA


Há alguns meses não tinha escrito mais nada, não foi falta de inspiração quiçá tempo. Mas, resolvi observar o alvitre que norteia, ou melhor, que tem cerceado à vida. É tanta ignorância com sinônimo de liberdade e malogrados pensamentos hipnotizantes da certeza, que existem menos tempo de vida do que mais tempo para viver nesse espaço hodierno.

Falácias obsoletas, obscuras e sem nexo algum. Agruras em meio a gritos de socorro pela ignomínia dos alienados sociais, políticos, econômicos e culturais.  Aliás, nem se pode falar porque a voz é absolutista, determinista e degradante. Afinal é o caminho a ser seguido: o da libertinagem exacerbada do ser inebriado no que há de mais plural, ou seja, radicalizar é a única solução pelo visto.

E o tempo vai passando, e a vida esvaziando numa corrida dilacerada que por vezes não se chega a lugar algum. Logo, o ser que não se acha em si mesmo, nunca vai chegar em nenhum local. Pois, deverá se perder no percurso, as ruas estarão sempre escuras, vazias, sem luz e sem referência. Há um vazio, que começa dentro do coração e se alarga no tempo e no espaço, infelizmente.

Acerca, desse vazio chega a ser latente, geograficamente dimensionado por números complexos e nem mesmo a sinuosidade das curvas trigonométricas dariam conta desse perímetro. O cálculo da área, o volume e a pressão são incalculáveis, pois tem como variáveis as emoções, o amor e o sentido da vida. Talvez uma análise combinatória de novas variáveis mude a dimensão, considerando a felicidade como o maior expoente.

É inexorável que o resultado seja que o tempo que ainda nos resta para viver, seja inferior ao tempo de vida. De repente os gráficos mostram a dissipação de energia em nada promissor: quando de age fazendo o mal a obra final é destruir a si mesmo. Assim, investir no tempo que próspera ajudando e cooperando com o bem amplia os horizontes desse universo delimitado pela alma.

Deveras, pudéssemos ter ainda muito tempo para viver, vivendo o tempo de vida, acumulando na bagagem a alegria, a satisfação e a felicidade. E aí eu reflito e você…quanto tempo se tem de vida para viver…

Notícias semelhantes
Comentários
Loading...
Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support