Durante essas semanas de isolamento, venho tentando trazer conteúdos e dicas de como passar melhor esse tempo em que estamos ficando em casa (quem pode, claro), buscando formas de darmos um chega pra lá no tédio, e passar por esse momento tão difícil de uma forma mais tranquila e buscando sempre manter a positividade. E nada melhor do que se distrair consumindo um conteúdo rico e inspirador. Por isso, hoje trouxe dicas de filmes e documentários com conteúdos relevantes e que valem muito a pena assistir. Rolou resenha de cada um para vocês, vejam só:
1. LION – UMA JORNADA PARA CASA
“Não adotaram somente a nós, mas nosso passado também”.
Lion – Uma jornada para casa, é um drama baseado em fatos reais, lançado em 2017, que conta a história do indiano Saroo que aos cinco anos de idade se perdeu do irmão numa estação de trem em Calcutá e enfrentou grandes desafios para sobreviver sozinho, até ser adotado por uma família australiana. Incapaz de superar o que aconteceu, aos 25 anos, Saroo decide buscar uma forma de reencontrar sua família biológica.
Sensível e emocionante, este é um filme que você consegue se envolver rapidamente pela empatia com os atores, além de que aborda, com transparência e responsabilidade, questões delicadas sobre relações familiares, laços afetivos, adoção, abandono, traumas, legado, propósito, felicidade e amor.
Quando lançado, recebeu indicações ao Oscar de melhor filme, melhor ator coadjuvante, melhor atriz coadjuvante, melhor roteiro de melhor fotografia.
2. COMO ESTRELAS NA TERRA
“Importar-se: isso é essencial. Tem poder de curar feridas. Um bálsamo para a dor”.
Como Estrelas Na Terra – Toda criança é especial, é um drama indiano lançado em 2007, que conta a história de Ishaan, garoto de 9 anos que, após enfrentar diversos problemas devido às suas dificuldades de aprendizagem, encontra um professor de artes que mudará para sempre sua vida.
Este é aquele filme que deveria ser assistido por todo corpo docente e pais do mundo. Uma belíssima história sobre a importância de valores como afeto, comprometimento, educação e amor. Além de nos fazer pensar sobre como anda nossa tolerância com as diferenças e dificuldades de outro.
3. GÊNIO INDOMÁVEL
“Você terá muitos momentos ruins, mas eles sempre vão te acordar para as coisas boas que você não estava prestando atenção”.
Gênio Indomável é um drama lançado em 1998, que conta a história de Will, um jovem órfão rebelde de 20 anos, com vários problemas sociais, que trabalha como servente numa universidade e que vive sem grandes perspectivas de vida. Após algumas passagens pela polícia, por determinação legal, ele precisa fazer terapia, e tudo começa a mudar quando um professor da universidade descobre em Will um gênio da matemática. Para não ser preso por ter se envolvido numa confusão, Will aceita trabalhar com o professor e ir semanalmente a terapia. Com a ajuda do Dr. Sean Maguire, um terapeuta nada convencional, o jovem aprende lições importantes para a vida.
É uma história cativante sobre perdas, desafios, incertezas e medo diante do novo.
O filme venceu o Oscar de 1998 nas categorias de melhor ator coadjuvante (Robin Williams) e melhor roteiro original (Matt Damon e Ben Affleck).
4. COMER, REZAR, AMAR
“Há momentos que temos que procurar o tipo de cura e paz que só podem vir da solidão”.
Comer, Rezar, Amar, é um drama/romance lançado em 2010, baseado no best-seller autobiográfico de Elizabeth Gilbert, que narra a história da jornalista (protagonizada pela maravilhosa Júlia Roberts) que troca a segurança de um casamento não muito feliz, escolhendo distanciar-se de sua zona de conforto, e embarcar numa viagem de redescobrimento. Disposta a arriscar tudo, ela investe numa jornada ao redor do mundo. Na Itália, encontra o prazer da culinária; na Índia, percebe o poder da oração; em Bali, sem que pudesse imaginar, descobre o verdadeiro amor.
É um lindo filme, narrado com muita sensibilidade, onde a busca da personagem pelo autoconhecimento e equilíbrio interior é emocionante e envolvente, inspirando o permitir-se ao novo e o arriscar sem medo.
5. ABSORVENDO TABU
“É sangue ruim que sai da gente”.
Absorvendo Tabu é um documentário de 26 minutos que relata o cotidiano de uma comunidade rural na Índia e, principalmente, a polêmica que ainda há em torno da menstruação para população indiana, onde esse evento natural e constante na vida de todas as mulheres é como um tabu e uma punição.
O documentário retrata o processo de implementação de uma máquina que produz absorventes biodegradáveis, que resulta em melhores condições de saúde e a chance de desenvolver uma nova habilidade para a promoção da independência financeira dessas mulheres.
Dirigido e produzindo por duas jovens americanas, Absorvendo Tabu levou o Oscar em 2018 como melhor documentário curta-metragem.
6. MISS REPRESENTATION
É um documentário lançado em 2011, que nos leva a entender melhor os impactos da mídia na sociedade. Relatando, por meio de pesquisas e vários depoimentos de mulheres e adolescentes que atuam tanto na mídia como na política, o impacto social da má representação de mulheres nas mais variadas plataformas atuais de mídia, por meio de uma representação limitada, hipersexualizada e estereotipada, ocasionando também, falta de representatividade feminina no cenário político.
Mesmo não trazendo “possíveis soluções”, acho importante assistir, se informar e refletir sofre a representatividade feminina – ou falta dela – em posições de poder.
7. THE MASK YOU LIVE IN
“Vira homem!”, “Isso é coisa de menina”, “Quem gosta disso é viado”, “Homem chão chora!”
The Mask You Live In é um documentário lançado em 2015, que analisa como nossas noções ultrapassadas de masculinidade têm um impacto nocivo em meninos, meninas e na sociedade como um todo.
Trazendo uma nova perspectiva sobre o machismo, o propósito do documentário é tocar no cerne do problema: a criação de meninos em nossa sociedade. Abordando, por meio da ideia de que o “macho dominante” afeta psicologicamente crianças, jovens e, no futuro, adultos nos Estados Unidos (que foi a base de pesquisas para produção do doc), mas sabemos que isso acontece no mundo como um todo. O diferencial da obra é mostrar que os homens que são geralmente tratados como culpados, são também vítimas deste processo, pois desde jovens, homens são forçados a vestir uma máscara de “masculinidade”, e ao longo de suas vidas, moldam suas ações a esta ideia da sociedade sobre o que é ser homem.