Candidatos ‘mudam de cor’ para receber mais verba do fundo partidário
A mudança na cor da pele tem um objetivo: mais dinheiro repassado do Fundo Eleitoral
O que acontece em um período de quatro anos? Bom, a resposta pode ser ampla e muitas coisas, realmente, são possibilidades. Mas será que uma pessoa pode mudar de cor? O deputado estadual e presidente estadual do Solidariedade Kelps Lima, que é candidato à Prefeitura de Natal, é o autor da façanha.
Em 2016, quando disputou a Prefeitura de Natal, Kelps Lima registrou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que era da cor branca. Quatro anos depois, como num passe de mágica, passou a ser da cor preta.
A crise de identidade étnica (entenda etnia como algo que é próprio de um povo, grupo social) do candidato a prefeito do Solidariedade não passou em branco pela grande imprensa.
Tanto que o jornal Folha de São Paulo incluiu exemplo potiguar em amplo material jornalístico, no qual aponta que 21 mil candidatos mudam a declaração de cor em um período de quatro anos, entre uma eleição e outra. E, entre eles, está Kelps Lima.
A mudança na cor da pele tem um objetivo: mais dinheiro repassado do Fundo Eleitoral. É que existe uma legislação específica que contempla candidatos negros no momento do rateio da verba destinada à campanha.