Banda RIS revoluciona cenário musical resgatando canções eternas
Em ascensão, projeto criado há pouco mais de três anos, está entre as atrações mais requisitadas para shows
Friedrich Nietzsche, filósofo e um dos mais importantes pensadores e crítico da cultura ocidental contemporânea, dizia que a música é uma forma de se conectar com o mundo e com si mesmo. Em sua obra, Crepúsculo dos Ídolos, ele expressou a seguinte frase: “Sem a música, a vida seria um erro”. Seguindo essa máxima que se perpetua para além do tempo, a música se apresenta como uma ferramenta de comunicação da alma.
E por falar em música, uma banda de rock chamada RIS (Rock Internacional Songs), vem promovendo uma verdadeira revolução no cenário musical local e encantando o público. O grupo, formado por seis integrantes buscou o resgate de canções internacionais que marcaram época e as trouxeram para seu repertório. A ideia encaixou perfeitamente com o anseio dos amantes desse estilo e de quebra preencheu uma lacuna considerável.
Composta por Cléber Dimarzzio (guitarra e vocal), Patrick Raniery (vocal), Dany Silva (vocal), Elison Duarte (bateria), João Carlos (baixo) e Paulo Vitor (Guitarra), a RIS nasceu há pouco mais de três anos, porém, já ocupa um espaço gigante nos palcos, sendo também uma das atrações mais requisitadas em barzinhos, festas particulares e grandes eventos artísticos culturais de Mossoró, outras cidades do RN e de estados vizinhos.
A ideia de montar uma banda que permitisse o resgate de canções históricas partiu do instrumentista e professor de música Cleber Dimarzzio, considerado uma lenda vida no cenário musical local. Segundo ele, após um longo tempo atuando como freelancer, decidiu convidar uns amigos para executar o projeto da RIS, que em pouco tempo foi posto em prática. “Eu estava há um bom tempo atuando informalmente em outros projetos e me veio a ideia de formar uma banda voltada para o hard rock, metal progressivo e as baladas românticas que marcaram épocas, esse era o objetivo. Já conhecia o Patrick, um decano dos palcos, dono de uma voz poderosa e imponente e por quem tenho grande admiração, expus o projeto e fiz o convite que ele aceitou de primeira”, detalha Cleber.
A partir do convite aceito por Patrick, veio mais um integrante de peso para a concretização da RIS, o experiente baterista Elison Duarte. Da formação da banda até o atual formato, alguns músicos deixaram sua contribuição no grupo, como os baixistas Isac Barros e Leo Maia e o guitarrista Rodrigo Henrique, que segundo Cléber tem um talento ímpar, uma percepção muito apurada e deu uma contribuição importante para a formação da banda.
ESTILO MUSICAL – De acordo com o líder da banda, Cleber Dimarzzio, a escolha do estilo musical da RIS combina com o gosto dos integrantes, o que justifica o entrosamento e sintonia que a banda transmite no palco. “Inicialmente, pra suprir a dificuldade de encontro do grupo para os ensaios, escolhemos um repertório com baladas que que todos já conhecem. Eu costumo dizer que a RIS representa um recomeço prazeroso e desafiador, me referindo ao espaço reduzido para esse estilo musical. Para nossa surpresa, a aceitação vem surpreendendo a cada show, e a sensação é que a RIS reacendeu uma chama que considerava extinta”, declara Cleber.

Seis profissionais de áreas distintas unidos pela música
A banda RIS desperta o interesse de públicos de diferentes idades, que são atraídos pelo repertório e pela forma diferenciada de interação. Os seis integrantes, Cléber Dimarzzio (guitarra e vocal), Patrick Raniery (vocal), Dany Silva (vocal), Elison Duarte (bateria), João Carlos (baixo) e Paulo Vitor (Guitarra), esbanjam talento, originalidade e espontaneidade, argumentos infalíveis para conquistar admiradores.
Fora dos palcos, cada um, desenvolve tarefas e profissões completamente distintas, o que os une é a parceria na banda e o gosto musical, rock e suas vertentes. O entrosamento, o respeito e a conexão entre os integrantes dentro e fora dos palcos é um destaque à parte durante os shows.
Patrick Raniery atua no setor financeiro quando não está nos palcos. Dono de uma voz mega potente, que os colegas denominaram de “voz suprema”, a principal voz da RIS se diz apaixonado pelo bom e velho Rock N’ Roll. “Me identifico muito com as variadas vertentes do rock, especificamente o Hard Rock/Heavy Metal de bandas como Guns N’ Roses, Skid Row, Faith No More, Black Sabbath, Iron Maiden, Judas Priest etc. Vocalistas como: Axl Rose, Ozzy Osbourne, Bruce Dickinson, Rob Halford entre tantos outros que moldaram minha forma de cantar. Quando estou no palco imponho a minha própria personalidade vocal ao interpretar os clássicos do Hard/Heavy”, destaca Patrick.

Fazer parte da RIS representa para Patrick uma oportunidade de extensão do seu trabalho vocal. “Integrar a RIS cantando músicas fora da minha zona de conforto, embora com minha personalidade vocal, interpretando canções clássicas, mais conhecidas do grande público como: Scorpions, Nazareth, Century, AC/DC, Queen, Bon Jovi etc, as quais não tive o prazer de cantar na minha fase seminal, me aparecem como um gostoso desafio de aprender sempre mais e desenvolver minhas técnicas num outro nível,” conclui.
Elison Duarte, baterista da RIS, é responsável por fazer o “coração” da banda pulsar. Advogado de profissão e músico de paixão, ele conta que sua história de amor com a música começa aos 14 anos quando começou a tocar na igreja onde adquiriu todo seu aprendizado inicial. Fora da igreja participou como integrante nas bandas Radí e Revanger, essa última em parceria com Patrick.

O baterista da RIS explica que tem um gosto musical muito eclético, porém o estilo musical da banda é o que mais o agrada. Atualmente, na área da música, sua principal atuação é na RIS, acompanha Cléber Dimarzzio em apresentação solo e também em um projeto com o vocalista Patrick. “A RIS é uma banda que curto muito tocar. O repertório me agrada muito e outro ponto interessante é o relacionamento democrático entre os integrantes, nos entendemos muito bem”, ressalta Elison.
João Carlos Fernandes, profissional de Educação Física e baixista da RIS fala que sua experiência na banda vem sendo de muito aprendizado. Apesar de ter iniciado cedo na música, toca profissionalmente há pouco tempo. “Eu comecei a me interessar por música com 12 anos e meu primeiro instrumento foi um violão que aprendi a tocar sozinho. Depois ganhei uma guitarra e por último o baixo, instrumento com o qual me identifiquei e que toco hoje profissionalmente”, explica.

Mesmo tendo começado cedo e participado de outras bandas de amigos, João Carlos reforça que a RIS é a primeira banda que garante a ele uma rotina profissional. “Antes eu tocava uma vez por mês nas outras bandas e na RIS temos apresentações praticamente toda semana, além das viagens que é outra experiência também muito gratificante. Aprendo muito com os integrantes, principalmente com Cleber, Patrick e Elison que são os mais experientes”, reforça.
João Carlos conta que quando começou a tocar, o seu estilo era sertanejo e somente quando foi tocar nas bandas dos amigos passou a ter contato com o rock e suas vertentes. “Tocar na RIS é muito massa. As canções que a banda interpreta eu sempre ouvi e ver a galera participando e interagindo é muito legal”, destaca.
Alunos se tornam profissionais e integrantes da banda RIS
Dois integrantes da RIS foram alunos do líder da banda Cleber Dimarzzio. A voz feminina Dany Silva e o guitarrista Paulo Vitor. Uma parceria que vai muito além do trabalho profissional na banda.
Dany Silva trabalha em um call center, mas é no palco que ela diz viver sua melhor versão. Ela vem de uma família de músicos, e ainda criança ganhou um violão de presente. “Na época eu não me interessei pelo instrumento e somente quando fui a uma aula onde minha mãe era aluna, peguei o violão dela e comecei a tocar, foi aí meu primeiro contato com instrumento musical”, conta.
Apesar de ter ganhado um violão de presente ainda criança, era a guitarra que enchia os olhos da Dany. “Eu ganhei uma guitarra nos meus 15 anos e Cleber foi meu professor. Foi ele também que me incentivou a cantar profissionalmente e também partiu dele o convite para que eu fosse a voz feminina da RIS. Uma responsabilidade que inicialmente não achei que poderia cumprir”, detalha.

Dany detalha que quando recebeu o convite não se sentia a altura, mas foi o incentivo do professor que a fez aceitar o desafio. “Eu sempre fui muito tímida e devo a Cleber tudo que eu sei. Ele é como uma bússola pra mim, é aquele apoio quando preciso e eu fico muito feliz em chamá-lo de mestre e amigo, mesmo porque sem Cleber Dimarzzio não existiria Dany Silva”, declara.
O médico veterinário Paulo Victor é guitarrista na RIS e a exemplo de Dany teve contato com a música ainda criança e foi também aluno de Cleber. “Eu comecei a gostar de música logo cedo, acho que com 8 ou 9 anos eu já tinha vontade de tocar algum instrumento, então com 10 anos minha mãe me deu meu primeiro violão, que eu tocava MPB e músicas nacionais, até começar a ouvir um rock mais pesado e internacionais, o que me fez querer trocar pra uma guitarra”, relata
Paulo comprou a primeira guitarra com 15 anos e tocava músicas com riffs mais fáceis e músicas simples, até sentir a necessidade de evoluir e tocar músicas mais desafiadores. “Queria tocar metal core ou até power metal, mas não tinha a habilidade, foi aí que eu procurei Cleber, soube que era um ótimo professor de guitarra e ele me guiou como atingir meus objetivos. Me mostrou vários clássicos da música e desde então eu sigo ouvindo e tocando rock por ser um dos maiores prazeres que eu poderia ter”, detalha.

O guitarrista ressalta ainda que neste ano completam 10 anos que estuda e pratica guitarra, instrumento pelo qual tem grande paixão. “Eu entrei na RIS a convite do próprio Cleber, a gente já tinha tocado na Revelations juntos e em algumas participações em shows, até que eles estavam precisando de um novo guitarrista e fui chamado para alguns shows e acabei ficando em definitivo na banda. Essa foi uma ótima oportunidade de tocar com músicos muito bons e conhecidos do público”, acrescenta.
Paulo Vitor, assim como Dany, faz questão de destacar a importância do líder da banda na sua trajetória como músico profissional. “Cleber pra mim vai ser meu eterno professor, foi e continua sendo uma inspiração, me ensinou teoria, me fez correr com as minhas próprias pernas e é, muito além de um professor de música. Todas as nossas aulas falando de arte, filosofia e coisas descontraídas, fez com que nos tornássemos grandes amigos e agora parceiros de banda”, conclui.