Alimentação da gestante, potencial inflamatório e aspectos emocionais nos filhos!
Olá bom dia, hoje vamos falar um pouco sobre o quanto a alimentação influência na gestação e na formação emocional do bebê desde sua concepção.
O neurodesenvolvimento inicia na vida fetal com numerosos processos que continuam até a adolescência. Há associações que ligam a dieta materna durante o pré-natal com o neurodesenvolvimento infantil, sendo a alimentação desequilibrada um fator que pode comprometer o desenvolvimento cerebral e neurocomportamental. Em crianças e adolescentes, transtornos de ansiedade, depressão e transtorno de atenção e hiperatividade (TDAH) são condições que podem afetar o bem-estar, o desempenho escolar e as relações sociais, inclusive mais tarde na vida. Para avaliar as associações entre a qualidade da dieta, potencial inflamatório durante a gravidez e sintomas emocionais e comportamentais nos filhos entre 7 a 10 anos de idade, foi realizada uma meta-análise, com total de 11.870 pares mãe-filho de quatro coortes europeias do projeto ALPHABET.
A qualidade da dieta foi analisada com base no escore Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) e o potencial inflamatório foi determinado usando o escore do Dietary Inflammatory Index (E-DII), gerados a partir de questionários de frequência alimentar autopreenchidos. Os sintomas emocionais e comportamentais foram avaliados por meio de instrumentos validados preenchidos pelas mães. Os resultados indicaram que uma maior qualidade da dieta na gestação está associada a um menor risco de sintomas depressivos e de ansiedade, sintomas de comportamento agressivo e de TDAH nos filhos. Por outro lado, uma dieta mais pró-inflamatória foi associada ao maior risco desses sintomas, o que reitera a importância de avaliação e orientações individualizadas por um nutricionista com conhecimentos na área de materno infantil.