Júri popular de mãe acusada pela morte de bebê de 8 meses em Natal é suspenso
O juiz Geomar Brito Medeiros, da 2ª Vara Criminal de Natal, acatou pedido de instauração de exame de insanidade mental feito pela defesa da ré e suspendeu o julgamento
O julgamento de Josenilde Lopes de Mendonça, acusada de ser responsável pela morte do próprio filho, um bebê de 8 meses, não vai mais acontecer nesta quinta-feira (28). A informação foi divulgada pelo “Portal G1”.
O juiz Geomar Brito Medeiros, da 2ª Vara Criminal de Natal, acatou pedido de instauração de exame de insanidade mental feito pela defesa da ré e suspendeu o julgamento. O curso processual só deve ser retomado após a questão ser resolvida.
“Devido a exiguidade do prazo para o cumprimento deste despacho e, considerando ainda que a sessão de julgamento está designada para o dia 28/02/2019, determino a suspensão do curso processual e, por conseguinte, da referida sessão, até que se resolva a questão da sanidade mental da acusada. Após a manifestação da defesa, voltem-me os autos conclusos. Ciência imediata ao Ministério Público e à defesa”, decidiu o magistrado.
O caso
Ramon Ramalho dos Reis Segundo foi encontrado morto no dia 9 de fevereiro de 2013 dentro de um apartamento no bairro Nova Descoberta, na Zona Sul da capital potiguar. Era sábado de carnaval. Segundo a acusação, a mãe deixou o filho sozinho para ir comprar drogas. Neste tempo, o bebê teria caído da cama, sofrendo uma lesão fatal.
De início, acreditava-se que o bebê havia sido espancado. Porém, exame realizado pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) diz que a morte de Ramon Ramalho dos Reis Segundo pode ter sido causada pela queda. Após a apresentação dos laudos e da discussão entre o Ministério Público e a defesa da acusada, o juiz entendeu que Josenilde não agrediu o filho, mas que ela é responsável por tê-lo deixado sozinho por várias horas.