RN tem 36 casos suspeitos de infecção pela variante Delta
Os casos serão investigados através de exames de sequenciamento genético
Amostras de 36 potiguares foram enviadas ao Instituto Evandro Chagas para concluir se estão infectados pela variante Delta do novo coronavírus. Os casos serão investigados através de exames de sequenciamento genético. O monitoramento é conduzido pela Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap).
A Sesap informou que o prazo para conclusão dos exames depende da Fiocruz, portanto não pode estipular uma data para apresentação dos resultados.
O Rio Grande do Norte tem, até esta sexta (03), três casos confirmados da variante Delta. Os primeiros de duas mulheres, de 32 e 57 anos, e o terceiro de um homem, de idade não informada, que teve contato com uma das primeiras pacientes.
Apesar de ter confirmado que está ocorrendo a transmissão comunitária da covid-19 através da variante Delta, do novo coronavírus, as autoridades de saúde do Estado apontam que até agora não houve alteração no sistema de saúde. Mesmo com a confirmação, o número de internações ainda segue caindo no estado. É o que apontam os dados do Regula RN, plataforma que acompanha a situação dos hospitais durante a pandemia.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou no dia 28 de agosto a transmissão comunitária da variante delta do novo coronavírus na capital potiguar. O anúncio foi feito após a confirmação do terceiro caso da nova cepa no RN, divulgado no dia 27, em um homem, de 38 anos, que teve contato com uma das duas primeiras pessoas que testaram positivo para a variante esta semana.
Com os índices da pandemia de coronavírus apresentando os índices mais baixos em 15 meses, seja em questões epidemiológicas e assistenciais, especialistas em saúde pública afirmam que a confirmação da circulação da variante Delta no Rio Grande do Norte deve fazer a população ficar atenta aos cuidados básicos e administrar as duas doses da vacina contra a Covid-19 bem como o Poder Público avaliar as flexibilizações e liberações de eventos, que caso aconteçam, precisam seguir estritamente as regras estabelecidas.
Para o epidemiologista Ion de Andrade, a variante Delta já estava circulando no Rio Grande do Norte “há um bom tempo”. “Essa variante é mais contagiosa do que as outras e têm produzido surtos e ondas da mesma magnitude como as outras. Nos países que estão com a população vacinada, essa variante não tem sido acompanhada de casos graves de óbitos na msema proporção que acontecia antes. Portanto, na Inglaterra houve aumento de casos mas aumento pequeno de óbitos e casos graves”, explicou, em entrevista na semana passada.
Para a imunologista e pesquisadora da UFRN, Janeusa Trindade de Souto, com a transmissibilidade alta da variante, é importante que os potiguares se conscientizem quanto a vacinação. “A preocupação é em relação à celeridade da vacinação e especialmente sobre as pessoas que não tomaram a segunda dose, que estão em atraso, é um alerta importante. Com a chegada da delta, a orientação é que as pessoas busquem os postos de vacinação para tomar a D2. Não é hora de abandonar o uso da máscara. Estudos mostram que mesmo as pessoas com as duas doses da vacina, podem se infectar, não ter a forma grave da doença, mas transmitir para outras pessoas”, apontou.
Tribuna do Norte