Renan pede ao STF que não atenda a pedido da AGU
Relator da CPI argumenta que silêncio de Pazuello na CPI vai atrapalhar investigações
Relator da CPI da Pandemia, o senador Renan Calheiros (MDB/AL) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta sexta-feira, 14/5, pedido para que o ministro Ricardo Lewandovski não atenda ao pedido da Advocacia Gera da União (AGU) de conceder ao ex-minstro Eduardo Pazuello o direito de ficar calado em seu depoimento à CPI.
Lewandovski é o relator do pedido de habeas corpus feito pela AGU em favor de Pazuello. Para Renan Calheiros, o silêncio do ex-ministro na comissão vai prejudicar a investigação. Para o relator, Pazuello deve ir à CPI na condição de testemunha e não de investigado, o que o obriga a responder às perguntas dos membros da comissão, sem mentir ou se manter silente.
O general Eduardo Pazuello foi quem ficou mais tempo à frente do Ministério da Saúde durante a pandemia da covid. Foi na sua gestão, por exemplo, que o Governo Federa ignorou as ofertas de compra de vacinas feitas pela Pfizer.
Gerente geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo disse ontem à CPI que a empresa enviou carta com proposta formal em setembro e somente houve resposta do governo brasileiro em novembro. A carta foi endereça ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com cópias ao vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), e aos ministros Eduardo Pazuello (Saúde), Paulo Guedes (Economia) e Braga Netto (Casa Civil), além do embaixador dos Brasil para os EUA, Nestor Foster.
Eduardo Pazuello faltou à convocação da CPI para depor dia 4 de maio. Alegou que havia tido contato com pessoas que testaram positivo para a covid. O depoimento ficou marcado, então, para a próxima quarta-feira, 19/5. O ex-ministro busca meios de não oferecer à comissão as informações sobre as quais tem conhecimento.