Já parou para pensar que as nossas escolhas em relação ao que vestimos – seja através de uma cor, modelagem, acessório, estampa, etc. – podem refletir sobre quem somos, nossa personalidade, humor, preferências, estilo (ou estilos)? E, pensando por essa perspectiva, será que estamos usando de fato o que nos representa?
A forma de se vestir sempre foi uma forma de expressão. Algumas pessoas usam o estilo para se comunicar, inclusive apoiando uma ideologia ou protestando contra algo. Foi exatamente quando consegui enxergar a moda como liberdade de expressão, que me encontrei dentro desse universo e vi que verdadeiramente era com isso que queria trabalhar.
Antes de tudo, quero que vocês entendam que, para além da relação de consciência com a produção e o consumo das roupas, a moda nos permite estabelecer uma relação de consciência com nós mesmos.
O ato de se vestir é um ato afetivo, de transformação e empoderamento. É sobre autoconhecimento, autoestima e aceitação; onde nos é necessário olhar para dentro, com amor, cuidado, empatia e respeito, aprendendo a nos amar como somos – e aqui está o segredo – pois é só quando conseguimos viver em paz conosco e com o nosso próprio corpo, que conseguimos encontrar nas roupas uma grande aliada, capaz de nos jogar pra cima e nos expressar da forma mais divertida que temos, permitindo aflorar o que tem pra aflorar em nós – de dentro de nós -, para então estarmos prontas para usar o que de fato nos representa, deixando que a roupa fale sobre nós.