Veja cidades do RN que mais ganharam e mais perderam população em 12 anos
Extremoz lidera cidades com maior alta de moradores e Venha-Ver é cidade que mais diminuiu no período.
Os dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (28) apontam que, em números absolutos, 88 municípios potiguares registraram aumento da população entre 2010 e 2022, enquanto outros 79 tiveram queda do número de moradores, ao longo dos 12 anos.
Levantamento feito pelo g1 mostra quais foram as cidades potiguares que mais cresceram e mais diminuíram neste período, com base na taxa percentual identificada pelo IBGE.
Extremoz, na região metropolitana de Natal, foi destaque nacional, ao registrar aumento de 150% na sua população, o terceiro maior do país.
A cidade mais que dobrou o tamanho, passando de 24.569 habitantes para 61.571 moradores e lidera o ranking de cidades que mais cresceram no Rio Grande do Norte, seguida por Tibau do Sul (48,7%) e Tibau (45,97%).
Das 10 cidades que mais cresceram (veja a tabela abaixo), seis ficam localizadas na região metropolitana de Natal. É o caso de Extremoz, Nísia Floresta, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim, São José de Mipibu e Goianinha.
Cidades do RN que mais cresceram entre 2010 e 2022
Município | População em 2022 | População em 2010 | Diferença | Taxa de crescimento |
Extremoz | 61.571 | 24.569 | 37.002 | 150,60% |
Tibau do Sul | 16.929 | 11.385 | 5.544 | 48,70% |
Tibau | 5.382 | 3.687 | 1.695 | 45,97% |
Nísia Floresta | 31.942 | 23.784 | 8.158 | 34,30% |
São Gonçalo do Amarante | 115.838 | 87.962 | 27.876 | 31,69% |
Serra do Mel | 13.091 | 10.287 | 2.804 | 27,26% |
Parnamirim | 252.716 | 202.456 | 50.260 | 24,83% |
Guamaré | 15.295 | 12.404 | 2.891 | 23,31% |
São José de Mipibu | 47.286 | 39.698 | 7.588 | 19,11% |
Goianinha | 26.741 | 22.481 | 4.260 | 18,95% |
Enquanto o Rio Grande do Norte registrou alta de 4%, na população, 79 cidades tiveram queda no número de moradores.
Caso de Natal. Embora tenha perdido mais de 50 mil moradores ao longo dos 12 anos – um número maior que a população da 10ª maior cidade potiguar – a capital não entrou na lista dos municípios com maior perda populacional, visto que a queda percentual foi de 6%.
Por outro lado, Venha-Ver, que lidera o ranking de perdas, registrou uma redução de 21% de sua população no período, ao registrar um número de 3.014 moradores em 2022. Em 2010, eram 3.821, ou 807 a mais. Em João Dias, a redução populacional foi de 20%. Ambas as cidades estão entre as menos populosas do estado.
Das 10 cidades potiguares que mais perderam moradores em 12 anos, seis ficam na região Oeste, no extremo oposto à região da capital potiguar. Caso de Venha-ver, João Dias, Riacho da Cruz, Pilões, Coronel João Pessoa e Janduís.
Cidades com maior redução populacional em 12 anos no RN
Município | População em 2022 | População em 2010 | Diferença | Queda populacional |
Venha-Ver | 3.014 | 3.821 | -807 | -21,12% |
João Dias | 2.076 | 2.601 | -525 | -20,18% |
Riacho da Cruz | 2.701 | 3.165 | -464 | -14,66% |
Pilões | 2.965 | 3.453 | -488 | -14,13% |
Pedro Avelino | 6.242 | 7.171 | -929 | -12,95% |
Coronel João Pessoa | 4.237 | 4.772 | -535 | -11,21% |
Janduís | 4.746 | 5.345 | -599 | -11,21% |
Poço Branco | 12.390 | 13.949 | -1.559 | -11,18% |
Ruy Barbosa | 3.206 | 3.595 | -389 | -10,82% |
São José do Campestre | 11.121 | 12.356 | -1.235 | -10,00% |
Censo do IBGE
O Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE para fazer uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país, já que conta os habitantes do território nacional, identifica suas características e revela como vivem os brasileiros.
Todos os 5.568 municípios brasileiros, mais dois distritos (Fernando de Noronha e Distrito Federal), num total de 5.570 localidades, receberam visita de recenseadores. Segundo o IBGE, foram visitados 106,8 milhões de endereços em 8,5 milhões de quilômetros quadrados.
Foram respondidos 79.160.207 questionários, dos quais 88,9% com 26 quesitos e 11,1% com 77 quesitos. No total, 98,88% das entrevistas foram presenciais; o restante foi pela internet ou telefone.
G1 RN