Travesti encontrada sem cabeça e dedo mindinho em Natal é identificada; vítima tinha 15 anos
A vítima, que é natural de Pernambuco e tinha apenas 15 anos, teve apenas o nome de registro identificado pelo Itep
A travesti encontrada morta no último dia 14, na área externa da Policlínica do bairro Potengi, na Zona Norte de Natal, sem a cabeça e o dedo mindinho esquerdo, foi identificada pelo Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) nesta terça (18). A vítima, que é natural de Pernambuco e tinha apenas 15 anos, teve apenas o nome de registro identificado pelo Itep, que fez análise de impressões digitais e comparação com o banco de dados. Segundo o movimento social de travestis e transexuais que se organizou em busca da identidade da vítima, ela foi identificada com o nome social de Stefany. O Itep aguarda a chegada de familiares para fazer a retirada do corpo.
“É cruel toda essa violência que acontece sobre nosso corpo, mas percebo que o que vai mudar isso não é apenas uma discussão sobre a Comunidade LGBT. Precisamos de mudanças mais concretas, é uma violência que tem diversas camadas. Somos expulsas da escola e de casa desde muito cedo por causa de transfobia e preconceito sobre nossos corpos. O que vai nos restando são locais violentos. Ela foi morta num ponto de prostituição porque precisava se prostituir. Mas, por que ela precisava fazer isso? É essa crueldade que não será mudada por discussões, mas por políticas públicas”, lamenta Aysha Ayalla, diretora de Comunicação da Ong Attransparência (Associação Potiguar de Travestis e Transexuais na Ação pela Coerência no Rio Grande do Norte).
O corpo da vítima foi encontrado pelo vigia da policlínica, que comentou com a polícia que costumava ver a travesti fazer ponto na região. Quando foi encontrada, a vítima estava com uma minissaia preta e uma blusa amarela. (Fonte: Saiba Mais)