"Reunião"

Temer reúne ministros e aliados do PSDB e do DEM para discutir crise política

"Trata-se de uma reunião como as demais e que têm ocorrido desde quarta-feira. No momento certo, vamos convocar a base para uma reunião formal", afirmou Moura, sem informar a data.

Quatro dias após as primeiras informações da delação do empresário Joesley Batista, o presidente Michel Temer se reúne neste momento com ministros e líderes do governo no Congresso Nacional.

O objetivo da reunião, considerada informal por aliados, é discutir a crise política deflagrada depois que o jornal O Globo revelou que o dono do grupo JBS gravou com o presidente uma conversa aceita pelo Ministério Público Federal no processo em que pediu a abertura de inquérito contra Temer.

Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Henrique Meirelles (Fazenda), Helder Barbalho (Integração Nacional) e Ronaldo Nogueira (Trabalho) participam do encontro.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), chegou ao Palácio da Alvorada por volta de 20h, assim como o líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE). Segundo Moura, o fato de o Planalto ter agendado inicialmente um jantar com lideranças partidárias não foi um recuo.

“Trata-se de uma reunião como as demais e que têm ocorrido desde quarta-feira. No momento certo, vamos convocar a base para uma reunião formal”, afirmou, sem informar a data.

Representantes do primeiro escalão do PSDB também estão no Palácio da Alvorada, apesar de algumas ameaças de que o partido deixaria a base do governo: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Itamaraty) e Bruno Araújo (Cidades). O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), novo presidente nacional da legenda, também participa da reunião.

Mais cedo, senadores e deputados tucanos cancelaram um encontro apenas com integrantes da legenda que estava marcado para a tarde deste domingo. Após as denúncias, o senador Aécio Neves (MG) foi afastado do mandato e da presidência do partido (LINK).

Embora o PSB tenha decidido romper com o governo e defender eleições diretas para a Presidência (LINK), o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que é filiado à legenda, está reunido com Temer e os demais colegas. De acordo com relato de parlamentares que participam da conversa, o presidente nacional do DEM, o senador José Agripino Maia (RN), também está presente.

Os líderes do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), e na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), também estão presentes, assim como o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) e alguns deputados peemedebistas. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que esteve com Temer pela manhã, no Palácio do Jaburu, não está no Alvorada.

Na quarta-feira (17), o jornal O Globo publicou reportagem, segundo a qual, em encontro gravado em áudio por Joesley Batista, o presidente Michel Temer teria concordado que se mantivesse uma boa relação com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

O conteúdo da gravação, que tem sido questionado pelo Palácio do Planalto , foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal. Para solucionar um problema da JBS, a pedido de Temer, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) teria sido filmado recebendo R$ 500 mil. A delação premiada de Batista e de seu irmão, Wesley Batista, foi homologada nesta quinta-feira (18) pelo ministro do STF Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na corte.

Agência Brasil

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