OPINIÃO

Sobre o conflito Árabe-Israelense, terrorismo do Hamas e as reticências da esquerda

Por: PROFESSOR FRANCISCO CARLOS


Governo brasileiro e vários próceres partidários, condenaram os recentes atos terroristas praticados em Israel, tomando todo o cuidado para não citar expressamente o Hamas, seu aliado político. São muitas as reticências ao tratar dessa questão.

É curioso que partidos de esquerda que defendem o estado laico, não se constranjam em apoiar o fundamentalismo islâmico que, sempre que pode, implanta governos teocráticos autoritários e perseguidores.

Certamente, o fazem para não vulnerar seu discurso interno ou comprometer alianças históricas. Assim, os progressistas ignoram o tipo de tratamento que os estados islâmicos dispensam para mulheres, LGBTs, cristãos e outras minorias sob seu domínio.

Eu defendo que o estado deve ser laico. Não o faço para condenar crenças, religiões e estilos de vida. Mas, por entender que o poder civil e militar nas mãos de religiosos já demostrou ser muito perigoso.

O Hamas é uma milícia terrorista e, portanto, bárbara e assassina, financiada e armada pela ditadura teocrática do Irã, que tem como principal objetivo destruir o estado de Israel. Segundo o Wall Street Journal, o Irã autorizou o Hamas a deflagrar os ataques do dia 6/10/2023.

Ao condenarmos o terrorismo do Hamas, devemos cita-lo expressamente, de forma clara e direta, sem a omissão deliberada demostrada pelo governo brasileiro.

Devemos ter clareza que o Hamas não atua apenas para defender a legítima causa dos palestinos, que lutam para ter o seu próprio estado independente e manter viva sua cultura e estilo de vida.

O causa do Hamas, assim como os estados islâmicos é destruir Israel, porque declararam reiteradamente que não aceitam a existência do estado judeu. Os palestinos, nesse caso, são instrumentos do objetivo politico-militar do fundamentalismo islâmico, que busca a plena hegemonia no Oriente Médio.

O Estado de Israel, embora forte e indissociavelmente imbricado com o judaísmo, possui governos eleitos, não é um estado bárbaro, conduzido por religiosos sanguinários que patrocinam terrorismo. Israel, por diversas ocasiões atuou para reconhecer o Estado Palestino, para ter em troca apenas o reconhecimento de Isarael pelos estados islâmicos.

Contudo, apesar da diferença insofismável, havemos de admitir que, do lado judeu, também há fundamentalistas religiosos ultraortodoxos e belicosos, que desejam a expulsão e, talvez, a eliminação dos palestinos. Esses seguimentos judaicos mais radicais são capazes de praticarem atos violência e discriminação contra a parcela desprotegida dos palestinos.

Ao contrário do que muitos pensam, a solução para esse conflito árabe-israelense é simples: o reconhecimento pelas partes, do direito de existência de dois estados para os dois povos: judeus e palestinos. Complexo é contexto histórico, político e econômico no qual o conflito está inserido, cujas circunstâncias que fazem os árabes declararem que jamais aceitarão a existência de um estado judeu.


Francisco Carlos é professor de Economia na Uern, mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente e doutor em Administração. Na Câmara Municipal de Mossoró, ocupando a presidência da Comissão de Educação e atua em pautas relacionadas a economia, cultura, saúde e meio ambiente, entre outras. Sua paixão pela natureza o levou a explorar a jardinagem como estilo de vida, reforçando seu compromisso com o meio ambiente.

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