Sesap estima colapso por falta de leitos no início de maio
Previsão foi divulgada no início da tarde desta terça-feira (7). Secretário defende intensificação do isolamento social.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte estima que o sistema de saúde do estado poderá entrar em colapso no início de maio, por causa da pandemia do novo coronavírus. Isso significa que o número de pacientes precisando de leitos seria maior do que a disponibilidade de equipamentos e profissionais.
A informação foi divulgada durante uma entrevista coletiva concedida no início da tarde na Escola de Governo, em Natal. De acordo com o secretário Cipriano Maia, os cenários apontados pelos especialistas apontam para a necessidade de intensificação das medidas de isolamento social no estado.
“Os cenários projetam uma situação de absoluta catástrofe. O que fizemos já evitou, com certeza, a aceleração da transmissão e, consequentemente, o número de mortos, mas eles (os números) mostram a importância de radicalizar, manter essas medidas, intensificá-las, para que a gente venha ter uma situação, se não a adequada, que seria a supressão, como alguns países europeus fizeram já depois da crise instalada – mas que a gente possa diminuir isso e retardar o esgotamento do sistema de saúde que está anunciado para o início de maio – algumas tendências apontam para o fim de abril – se a população não compreender, não tiver atitude”, afirmou.
De acordo com uma estimativa do estado, se as medidas de isolamento social não tivessem sido tomadas, o Rio Grande do Norte já teria registrado aproximadamente 140 óbitos por Covid-19. Até esta terça (7), no entanto, o Estado conta com 8 óbitos confirmados, além de três em investigação, com suspeita.
A supressão, citada por Maia, seria a proibição total da saída da população às ruas das cidades. Por enquanto, o poder público do estado utiliza as medidas de mitigação, e estima que atualmente há um “bloqueio” de 42% nas transmissões graças ao isolamento social, com fechamento de escolas e estabelecimentos comerciais, como restaurantes, bares e lojas.
G1 RN