RN tem a sexta maior taxa de analfabetismo do pais
Dados da Pesquisa Nacional por Amostragem por Domicílio 2019 mostram que Estado tem mais de 370 mil pessoas analfabetas
O Rio Grande do Norte tem a sexta maior taxa de analfabetismo do país entre pessoas com 15 anos ou mais de idade. O índice de 13,4% só não é pior do que aqueles registrados em Sergipe (13,5%), Ceará (13,6%), Maranhão (15,6%), Piauí (16%) e Alagoas (17,1%).
No Nordeste, região que registrou as piores médias, o índice é o terceiro melhor, atrás apenas de Bahia (12,9%) e Pernambuco (11,9%). As melhores taxas foram registradas em São Paulo, 2,6%, Santa Catarina (2,3) e Rio de Janeiro (2,1%). Os dados são da publicação informativa da Pesquisa Nacional por Amostragem por Domicílio (PNAD) Contínua Educação 2019.
De acordo com a pesquisa, o Estado potiguar tem 372 mil pessoas analfabetas, das quais 184 mil com idade de 60 anos ou mais. A concentração de analfabetos na faixa mais idosa da população é uma característica nacional. Dos 11 milhões de brasileiros que não sabem ler nem escrever, 6 milhões têm pelo menos 60 anos de idade.
Apesar da taxa elevada, houve redução de 5,6% no percentual de analfabetos no Rio Grande do Norte, de 2016 a 2019, entre as pessoas acima de 60 anos, chegando a 33% do total da população nessa faixa.
Por cor ou raça, o analfabetismo no Rio Grande do Norte diminuiu entre pessoas brancas com mais de 60 anos de idade. Em 2016, a taxa era de 33,5% e passou para 23,7% em 2019. A taxa entre pessoas pretas e pardas manteve-se estável em 39% nesse período.
Escolarização – Por outro lado, a taxa de escolarização de pessoas com 15 anos ou mais de idade, no Rio Grande do Norte, é a décima maior do país, chegando a 29%. A taxa de escolarização é o percentual de estudantes de determinada faixa etária no total de pessoas dessa mesma faixa etária.
Já entre as crianças de 0 a 5 anos de idade, a taxa de escolarização registrada no Rio Grande do Norte é 59,4%, a terceira maior entre todas as unidades da federação. O Estado é, inclusive, o único do Nordeste a apresentar taxa acima da média nacional, que é de 55,6%. Essa taxa de 59,4% também significa que a proporção de crianças potiguares de 0 a 5 anos que frequentam escola é menor apenas que as dos Estados de São Paulo (65,1%) e Santa Catarina (67,1%).
População adulta – A taxa de escolaridade da população no Rio Grande do Norte é de 8,5 anos; no Brasil, 9,4 anos. Nesse sentido, o estado norte-rio-grandense encontra-se abaixo da média nacional, que também é inferior ao ideal de 11 anos, que se verificou apenas no Distrito Federal, com média de 11,5 anos.
Em relação à população com Ensino Médio completo ou equivalente, o Rio Grande do Norte tem média inferior à nacional. Em solo potiguar, 26,9% da população de 25 anos ou mais completaram esse nível de instrução. A média no Brasil é de 31,4%. O índice potiguar está entre os mais baixos do país, à frente apenas de Paraíba (24%), Alagoas (23,2%) e Piauí (22,9%).
Apesar da proporção de pessoas de 25 anos ou mais com Ensino Médio completo ter crescido no país, passando de 45,0% em 2016 para 47,4% em 2018 e 48,8% em 2019, mais da metade (51,2% ou 69,5 milhões) dos adultos não concluíram essa etapa educacional.
No Nordeste, três em cada cinco adultos (60,1%) não completaram o Ensino Médio. Entre as pessoas de cor branca, 57,0% tinham concluído esse nível no país, enquanto essa proporção foi de 41,8% entre pretos ou pardos.
Taxa de analfabetismo
Brasil – 6,6
1. Rondônia – 6,4
2. Acre – 11,7
3. Amazonas – 5,4
4. Roraima – 5,0
5. Pará – 8,4
6. Amapá – 5,5
7. Tocantins – 9,7
8. Maranhão – 15,6
9. Piauí – 16
10. Ceará – 13,6
11. Rio Grande do Norte – 13,4
12. Paraíba – 16,1
13. Pernambuco 11,9
14. Alagoas – 17,1
15. Sergipe – 13,5
16. Bahia – 12,9
17. Minas Gerais – 5,5
18. Espírito Santo – 5,3
19. Rio de Janeiro – 2,1
20. São Paulo – 2,6
21. Paraná – 4,6
22. Santa Catarina – 2,3
23. Rio Grande do Sul – 2,6
24. Mato Grosso do Sul – 5,1
25. Mato Grosso – 6,2
26. Goiás – 5,1
27. Distrito Federal – 2,7