Denúncia

Reitor temporário do IFRN quer exonerar dirigentes eleitos

Josué Moreira defende que nomeação dessas pessoas é ato discricionário da administração superior do órgão

O reitor pró tempore (temporário) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), professor Josué de Oliveira Moreira, está sendo acusado de querer exonerar os dirigentes dos campi avançados do órgão.

Josué Moreira fez consulta à Procuradoria Federal junto ao IFRN sobre o tema. Para Josué, mesmo que esses dirigentes tenham sido eleitos pela comunidade acadêmica, a nomeação é ato discricionário do reitor.

Para o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe- Seção Natal), o desejo de Josué Moreira de exonerar os dirigentes gerais é mais uma tentativa de golpe na instituição.

Rejeitado pela comunidade acadêmica por ter sido nomeado reitor sem ao menos ter participado das eleições, Josué Moreira tem utilizado, segundo professores, alunos e funcionários, instrumentos de censura e intimidação para fazer valer suas vontades.

Ainda de acordo com esses segmentos, o reitor tem se recusado até mesmo a aceitar e encaminhar as decisões dos ´órgãos colegiados, notadamente o Conselho Superior (CONSUP). A mais recente delas, relacionada ao retorno das aulas, não agradou ao reitor, que teria instituído sindicância contra membros do conselho, além de iniciar tratativas no sentido de exonerar os dirigentes dos campi.

O Portal do RN contatou o professor Josué Moreira. Ao ser questionado sobre o fato, o reitor temporário perguntou sobre a origem do fato. A reportagem enviou a ele cópia do parecer em que ele afirma à PGR/RN ser prerrogativa do reitor nomear os dirigentes. Após isso, Josué não retornou o contato.

 

O SINSAFE – Natal divulgou nota de repúdio sobre o fato. Veja:

“Vimos a público manifestar o nosso completo repúdio ao processo de sindicância investigativa aberto pela equipe interventora do IFRN, que segue no ataque às deliberações colegiadas. Desta feita contra os diretores gerais, eleitos democraticamente, no intuito de pressioná-los e de silenciar o CONSUP. Tal repressão instaura-se porque a comunidade, de forma autônoma, conseguiu se reorganizar para o retorno remoto do ensino, dada a completa inoperância da Reitoria.

Ressaltamos a importância das construções coletivas e a posição da comunidade acadêmica de observância aos princípios democráticos da educação pública e de qualidade feita, historicamente, no IFRN.

Em defesa da democracia e de nossas construções participativas, todo apoio aos DGs e aos encaminhamentos da comunidade acadêmica do IFRN.”

Diretoria Executiva do SINASEFE Seção Natal

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