OPINIÃO

Rastros de uma História

POR MARLENE MAIA


No trajeto da ascensão feminina à vida pública, até o século XXI; pode-se afirmar que essa história de conquista foi marcada por eventos que não aparecem na história oficial. Muitas vozes foram silenciadas, nomes esquecidos, dados apagados. Muitas mulheres ficaram no anonimato.

Refletir sobre alguns rastros de participação da mulher no cenário das letras, sua atuação feminina na vida intelectual, é buscar parte dessa história que deixou vestígios para uma reflexão ao longo dos anos. Cabe ressaltar a questão do difícil ingresso da mulher no universo das letras. A dificuldade de acesso à educação, ao conhecimento, ao convívio social, sua limitada mobilidade no espaço público, ocasionou o seu tardio reconhecimento.

Considerando-se o pressuposto de que o homem de letras era aquele que detinha o saber – a mulher encontrou aí, um persistente empecilho; uma vez que a ela foi negado, durante muito tempo, o direito à educação como forma de libertação. Pois, na época, a educação para a mulher era voltada somente à formação moral, destinada para ser mãe e esposa.

Mas o que dizer então das atribuições da mulher nos dias atuais? Talvez entre as muitas responsabilidades, seja dada a ela, contar a história apagada dessas mulheres que tornaram possível que ela própria se tornasse parte dessa história; a história das mulheres de letras.


Marlene Maurício Maia, formada em Pedagogia pela Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte (FURRN).

Membro da Academia Feminina de Letras e Artes Mossoroense (AFLAM).

Membro da Academia de Letras e Artes de Tabuleiro do Norte-CE (ALEART).

Membro da Galeria de Escritores da Casa da Cultura de Tabuleiro do Norte-CE.

Membro da Confraria Café e Poesia em Mossoró-RN.

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