Por: PROFESSOR FRANCISCO CARLOS
Os preços dos combustíveis aumentaram bastante nos últimos meses. No RN, alguns setores tentaram justificar que a elevação dos preços nas bombas se devia a privatização de ativos na Petrobras no território potiguar, onde se estaria cobrando os preços mais altos do país.
Fiquei curioso e fui consultar os dados da Agência Nacional do Petróleo. O que pude constatar está divulgado nos quadros anexos, que apresentam o preço médio, mínimo e máximo dos combustíveis, com dados coletados nos estados da federação, entre os dias 10 a 16/09.
O RN cobrava, no período de coleta dos dados, o preço máximo de R$ 6,49 por litro de gasolina comum, ocupando a 19º posição no ranking de preços. O maior preço máximo é de R$ 7,62, cobrado no Estado do Amazonas.
Em termos de óleo diesel comum, o RN ocupava a 21º posição no ranking, cobrando preços máximo de R$ 6,70, item em que o Rondônia cobra R$ 7,89.
Quando considerado o critério do preço médio, segue qie o RN não apresenta os preços mais altos entre os estados da federação.
Não estou entrando na discussão sobre as razões que explicam a elevação dos preços. A intenção é, tão somente, evidenciar que estão divulgando desinformação sobre o tema.
Apesar disso de não entrar no mérito, é possível imaginar que a empresa privada 3R, que produz combustível no RN, repassou a oscilação do preço do petróleo no mercado internacional, providência adiada pela petrolífera estatal, que não suportou o risco por mais tempo, acabando por fazer o mesmo, posteriormente.
Francisco Carlos é professor de Economia na Uern, mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente e doutor em Administração. Na Câmara Municipal de Mossoró, ocupando a presidência da Comissão de Educação e atua em pautas relacionadas a economia, cultura, saúde e meio ambiente, entre outras. Sua paixão pela natureza o levou a explorar a jardinagem como estilo de vida, reforçando seu compromisso com o meio ambiente.
