Quando o fim, pode ser apenas o começo!
Ludimilla Oliveira é Reitora da UFERSA
Genuflexa ao infinito contemplei a intrepidez do âmago diminuto dos seres humanos, quando insistem em demarcar o tempo, o futuro das coisas e das pessoas. São os devaneios da incipiente condição de existência, que lutam contra a maior força: o destino desconhecido, que se chama amanhã.
Embora, a lei da semeadura seja verdadeira, o que rega e sustenta a colheita no futuro não garante uma safra. É precipitado e inconsistente e até sem sentido fazer previsões que contornem e delimitem, a certeza de ser e de fazer acontecer, afinal o controle das intempéries não está conosco.
A vida, tem novas oportunidades todos os dias e o mais interessante é que nenhum dia, nunca será igual ao outro. A organização, o planejamento, o esforço em cada passo no compasso das decisões são fundamentais, todavia, é bem certo que tudo pode ser diferente.
De repente, as coisas podem mudar não só de lugar, mas de protagonistas e as frustrações das certezas moduladas e empreendidas podem ser superadas, se o ser humano entender que ele é humano, limitado e latente no seu lócus.
São as interfaces de interferências naturais, àquelas que chegam surpreendendo , fazendo a mudança de rota, com detalhes não vistos, não pensados, não controlados e que nem fizeram parte dos planos que mudam tudo e todos, se for necessário.
É só observar melhor o céu, que se percebe a limitação humana e a dependência do Arquiteto do Universo.
A arquitetura, por Ele projetada tem espaços desconhecidos, obras singulares e acima de tudo ocupação determinada por critérios inexplicáveis.
Ainda genuflexa, vejo a perfeição em todos os detalhes, pois quantas vezes o que era tido como o fim, se tornou em apenas o começo. E, aí o ser humano entende, que somente Deus tem o controle do Universo.