Professores de educação física fazem protesto em Mossoró
Manifesto da categoria teve como objetivo mostrar que os serviços prestados nas academias são essenciais e estão assegurados por lei federal
Portando faixas e cartazes com frases como: “Somos Essenciais” e cobrando o cumprimento de direito assegurado por lei, profissionais da área de Educação Física que atuam em Mossoró realizaram no final da manhã de hoje, 24, um manifesto pacífico no Centro da cidade. Inicialmente concentrados em frente ao Teatro Municipal Dix Huit Rosado, os professores iniciaram um chamamento à população e às autoridades para a importância do trabalho que executam nas academias e estúdios.
Tomando como base a Lei Federal 9.696/98 que inclui a profissão de educação física como serviço da área de saúde, os professores realizaram uma caminhada que teve como destino o Palácio da Resistência, sede da Prefeitura de Mossoró. No local fizeram exposição dos argumentos legais para protestar contra o fechamento das academias e estúdios durante a vigência do último decreto estadual nº 30.388, que limita o funcionamento apenas a serviços essenciais. Porém as atividades físicas realizadas nas academias e estúdios ficaram na lista dos não essenciais, embora a lei diga o contrário.
Segundo o professor de Educação Física, Hykaro Mendonça, o decreto ignora uma lei federal que assegura a educação física como uma profissão da área da saúde, sendo, portanto, serviço essencial. “O que nós estamos buscando é o reconhecimento da essencialidade da nossa profissão e o direito de fazer o nosso trabalho que é cuidar da saúde dos nossos alunos”, declarou Hykaro.
Durante o manifesto, todos os participantes usando máscaras, ressaltaram as várias vertentes que inclui o trabalho do professore de Educação Física como sendo um auxiliar em tratamentos de saúde. “Nós temos alunos que fazem atividade física por prescrição médica, inclusive um problema que vem se tornado comum nesse período de pandemia, como síndrome do pânico, ansiedade e depressão, tem como tratamento, em muitos casos, as atividades físicas prescritas pelos próprios médicos”, detalhou Hykaro.
O professor reforçou também, que entre os pacientes que fazem parte do grupo de risco para a covid, estão os obesos, e que a atividade física é a principal aliada das pessoas com sobrepeso. “Não estamos aqui pedindo o direito para aglomerar e sim para trabalhar e exercer a nossa função de contribuir para a saúde das pessoas”, concluiu.
De acordo com Hykaro, todos os profissionais tem a consciência da importância de cumprir as normas sanitárias referentes ao controle da pandemia de covid. “Sabemos que precisamos mudar hábitos nas academias e incluir um sistema diferenciado para manter os cuidados sanitários, mas não concordamos em estarmos incluídos na lista de não essenciais”, concluiu.