Prefeita veta reajuste que ela mesmo propôs
Lúcia Nascimento vetou matéria enviada por ela à Câmara Municipal, prejudicando servidores
Os professores da rede municipal de Baraúna ainda não sabem quando vão receber a correção salarial do Piso Salarial Nacional Profissional do Magistério, em vigor desde 1º de janeiro deste ano. O percentual dese ano é de 12,84%.
Desde o início do ano que o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Baraúna (SINDISERB) vem lutando para que a prefeita Lúcia Nascimento (PL) conceda o reajuste definido por lei.
Após muita pressão, a prefeita prometeu reajustar o Piso em 5%. “Tivemos que acatar um aumento distante do discutido em assembleia pela categoria.
A prefeita Lúcia Nascimento acabou enviando o Projeto de n° 02/20 de sua própria autoria e ao seu bel prazer, oferecendo apenas 5% ao Magistério, e às demais categorias concedeu 7%”, relata o presidente do SINDISERB, Lairton Viana.
A promessa era de que a prefeitura começaria a pagar a partir da folha do mês de março. “Para nossa surpresa, a matéria foi publicada com veto. Ou seja, nada de aumento”, lamenta o sindicalista.
Para Lairton Bezerra, o funcionalismo público local está indignado. “Absurdo que a prefeita tenha vetado uma matéria que ela mesma propôs. Além disso, não houve aviso prévio aos trabalhadores nem discussão sobre os motivos que teriam levado ao veto”, diz.
A esperança agora é que a matéria chegue ao Legislativo e que os vereadores derrubem o veto. Hoje, os servidores sabem que 7 vereadores votam contra a prefeita e são necessários 8 votos para derrubar o veto.
Por enquanto, o presidente da Câmara Municipal, Marcos Antônio, enviará ofício à prefeitura solicitando que a matéria seja enviada aos parlamentares para análise e votação.