Policiais penais denunciam falta de condições de trabalho
O sindicato da categoria anunciou que a partir do dia, 29, os policiais penais somente atuarão se tiverem equipamentos de segurança para trabalhar
A presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Rio Grande do Norte (SINDPPEN/RN) Vilma Batista, anunciou que a partir de domingo, 29, a categoria somente vai realizar suas atividades se puderem contar com equipamentos de segurança para trabalhar. A medida adotada pelo sindicato, em defesa dos policiais penais, foi adotada após a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP/RN), emitir portarias que objetivam punir a categoria e cobrar efetividade nas atividades realizadas nas unidades penais do estado.
Ontem, 25, os policiais penais juntamente com a representação do SINDPPEN, se reuniram em Assembleia Geral em frente à Governadoria, e deliberaram pelo início da Operação “Portaria com Segurança” no Sistema Penitenciário potiguar. “A Secretaria de Administração Penitenciária publicou uma série de portarias que visam punir e perseguir a categoria. Então, a partir de domingo, dia 29, vamos deflagrar a Operação Portaria com Segurança, na qual os policiais penais vão realizar as tarefas diárias, mas somente aquelas em que a SEAP fornecer as condições de segurança necessárias”, explicou Vilma Batista.
De acordo com a presidente do Sindppen-RN, em muitas unidades, os policiais penais são obrigados a empregar recursos e equipamentos próprios, como telefones, para a realização das atividades e para a manutenção da segurança interna e externa. “Além das condições de trabalho, os policiais penais enfrentam as dificuldades impostas pelo baixo efetivo, o que gera ainda mais risco para o desenvolvimento das atividades com segurança. Então, nada mais justo que cobrar do Estado que as portarias sejam executadas, desde que os recursos sejam disponibilizados”, completa.
A presidente do Sindppen-RN ressalta, mais uma vez, que o sindicato está aberta ao diálogo e espera que o Governo do RN sente para conversar e, principalmente, que reveja alguns posicionamentos adotados pela Seap, que têm gerado prejuízos administrativos e desgastes institucionais para a categoria.
“Nós estamos dispostos, como sempre estivemos a contribuir e a construir um Sistema Penitenciário melhor. No entanto, não podemos aceitar a imposição de retrocessos e medidas que podem colocar em risco a segurança das unidades e dos próprios servidores. Temos alertado as autoridades e buscado o Governo para dialogar, antes que o caos volte a se instalar no Sistema Penitenciário”, finaliza Vilma Batista.