crise econômica

Petrobras recupera venda de combustíveis e receitas no 3º trimestre

No período, as receitas de vendas foram de R$ 70,7 bilhões

A Petrobras recuperou as vendas de combustíveis no terceiro trimestre do ano, após um tombo provocado pela crise econômica aguda trazida com a pandemia de covid-19 no segundo trimestre.

As receitas de vendas foram de R$ 70,7 bilhões no terceiro trimestre, contra R$ 50,8 no segundo trimestre, resultando em aumento de 39%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pela companhia.

O lucro bruto no terceiro trimestre foi de R$ 33,7 bilhões, comparado a R$ 18,2 bilhões no segundo trimestre, com elevação de 85,4% no período. A geração de caixa medida pelo Ebitda – sigla em inglês para earnings before interest, taxes, depreciation and amortization, ou lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização – apresentou uma expressiva recuperação em relação ao trimestre anterior, em parte em função do aumento de 47% do preço do petróleo tipo Brent. A companhia fechou o período com Ebitda ajustado recorrente de US$ 6,9 bilhões, mais que o dobro do segundo trimestre.

“Como consequência, o resultado líquido também demonstrou uma melhoria no período, especialmente nos itens recorrentes. Ainda assim, a companhia registrou prejuízo líquido de US$ 236 milhões. Expurgados os itens não-recorrentes, o resultado seria revertido positivamente e o lucro líquido recorrente seria de US$ 633 milhões. Entre os itens não recorrentes estão os efeitos da adesão a programas de anistias fiscais e os prêmios na recompra de bonds , devido à menor percepção de risco pelo mercado”, expressou a companhia, em nota à imprensa.

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, destacou a firme reação da companhia à recessão global, apresentando os primeiros resultados positivos.

“Apesar das restrições impostas pela pandemia e pelo ambiente incerto, nosso desempenho operacional e financeiro melhorou significativamente conforme demonstrado pelo aumento da produção de petróleo e gás natural e do fator de utilização de nossas refinarias e pela forte geração de caixa”, disse Castello Branco, em mensagem aos acionistas.

Segundo ele, nos primeiros nove meses do ano, o fluxo de caixa livre atingiu US$ 16,4 bilhões e o fluxo de caixa livre para os acionistas US$ 6,8 bilhões. O forte desempenho, disse o presidente, permitiu reduzir a dívida bruta de US$ 87,1 bilhões, em 30 de dezembro de 2019, para US$ 79,6 bilhões, em 30 de setembro de 2020.

“Este valor está abaixo da nossa meta anterior de manutenção do mesmo nível de dívida do último ano, dado o cenário hostil. Nos últimos 21 meses conseguimos reduzir US$ 31,3 bilhões de dívida – cerca de US$ 1,5 bilhão por mês – um fator chave para nossa companhia, uma vez que contribui para a redução do risco de nosso balanço, para o fortalecimento de nossa resiliência à volatilidade do fluxo de caixa e para liberarmos recursos para investirmos em nossos ativos de classe mundial”, completou Castello Branco.

Agência Brasil

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