Natal aplica apenas um terço de vacinas recebidas para a educação
Capital recebeu 17 mil doses de vacinas, das quais apenas 6 mil aplicadas
Segue em ritmo cada vez mais lento o processo de imunização dos profissionais da educação que moram e trabalham em Natal. Até agora, a prefeitura aplicou apenas pouco mais de um terço das doses vacinadas a esse público.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN), a capital recebeu 17 mil doses de vacinas, das quais apenas 6 mil aplicadas, cerca de 35%
“Nós enviamos 17 mil doses à Natal, destinadas aos profissionais da educação, e enviaremos mais 5 mil até amanhã”, afirmou Kelly Lima, coordenadora em Vigilância em Saúde da Sesap, durante a Reunião da Comissão de Direitos Humanos, Proteção das Mulheres, dos Idosos, Trabalho e Igualdade da Câmara Municipal de Natal. O encontro aconteceu na quinta-feira, 24.
Segundo a Sesap, a Secretaria Municipal de Saúde já recebeu 17.032 doses somente para destinação aos trabalhadores/as em educação e receberá mais 5 mil até amanhã, mas, com a burocracia no esquema vacinal adotado pela prefeitura de Natal, que centraliza a aplicação dos imunizantes em dois ginásios, o número e o ritmo de profissionais vacinados está muito abaixo do esperado.
“Morosidade. É assim que tem sido conduzida a vacinação dos profissionais de educação em Natal, com dificuldade e com apostas erradas na logística. Veja, a gente já enviou ofício à SMS, já tentou diálogo com a SME, mas não houve resposta ou solução efetiva que dê celeridade à logística, que é o que a gente quer e a categoria também”, pontuou Divaneide Basílio, presidenta da Comissão de Direitos Humanos e propositora da reunião que tratou esses e outros gargalos na vacinação na capital potiguar.
A Secretária Adjunta da SMS Natal, Rayanne Araújo, chegou a participar virtualmente do debate, mas saiu da sala virtual e não voltou para dar explicações sobre as alegações pontuadas.
O representante do Sinte, Bruno Vital, comentou na reunião que o Executivo municipal erra em não dialogar com o sindicato. “A gente sente falta, enquanto sindicato e categoria, que a prefeitura tenha um diálogo mais efetivo conosco. Nós não fomos consultados em nenhum momento sobre o retorno às aulas, que está previsto para o próximo 7 de julho, sem a imunização completa do grupo escolar”.
Estiveram presentes na reunião o Ministério Público; Conselho Municipal de Saúde; Conselho Estadual de saúde; Secretaria Municipal de Saúde; Secretaria Municipal de Educação; SESAP; Defensoria Pública e o SINTE.