Em Pedro Velho

MP denuncia duas pessoas por assassinato de irmãos durante ato político

Segundo o órgão o policial militar Paulo Henrique Costa Silva e o compositor Denis de Oliveira Soares mataram Gilson e Adilso Marques Teixeira porque tentaram passar por movimentação política

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) denunciou o policial militar da Paraíba Paulo Henrique Costa Silva e o compositor Denis de Oliveira Soares pelos assassinatos de dois irmãos durante um ato político na cidade de Pedro Velho. O duplo homicídio ocorreu por volta das 18h30 do dia 5 de outubro passado, em uma via pública da comunidade Cuité das Bocas, zona rural do município.

Segundo apurado em inquérito policial, havia um ajuste prévio entre Paulo Henrique e Denis de Oliveira para que ambos fizessem a segurança privada e armada do evento político que ocorria no local onde houve os crimes. Incomodados com a movimentação de Gilson Teixeira pela caminhada, já que ele era divergente político, cercaram o veículo dele. De acordo com testemunhas, Paulo Henrique chegou a apontar uma arma de fogo para a vítima.

Na tentativa de se defender, Gilson Marques Teixeira desceu do carro e foi em direção a Paulo Henrique, entrando os dois em luta corporal. Ainda de acordo com o relato de testemunhas, Adilso Marques Teixeira, que estava em uma moto, tentou intervir e retirar o irmão do local. Foi quando Denis de Oliveira sacou uma pistola e atirou contra os dois irmãos.

Gilson foi baleado na cabeça e no tórax. Adilso foi atingido no tórax. Os dois chegaram a ser levados para o hospital municipal, mas não resistiram aos ferimentos.

Em depoimento à polícia, Denis de Oliveira confessou que a arma que portava foi adquirida ilegalmente, cerca de dois meses antes dos crimes, em Natal. Além de balear os irmãos, um dos disparos efetuados transfixou o corpo de Gilson Teixeira e ainda atingiu Paulo Henrique Costa, causando lesões na cabeça, local onde o projétil se alojou.

Os crimes tiveram grande repercussão local e estadual. A Justiça Eleitoral chegou a determinar restrições nas atividades campanha com a finalidade de evitar revanchismos e escalada da violência.

O MPRN denunciou Denis de Oliveira Soares por duplo homicídio qualificado pelo motivo fútil e usando de recurso que dificultou a defesa das vítimas em razão da surpresa e também por porte ilegal de arma de fogo. O PM/PB Paulo Henrique Costa Silva também foi denunciado por duplo homicídio qualificado pelo motivo fútil e usando de recurso que dificultou a defesa das vítimas em razão da surpresa, tendo sido o agente provocador do delito e prévio conhecedor de sua supremacia de forças por contar com outros parceiros que faziam a segurança no local, contribuindo, com sua conduta intimidatória, decisivamente para o resultado das mortes.

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