CRÔNICA

INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Mossoró parece vocacionada para o comércio, de bens e serviços, um centro de distribuição por sua localização privilegiada entre o litoral e o sertão e onde se cruzam caminhos que ligam algumas capitais do Nordeste, como Natal, Fortaleza, e Joao Pessoa, estendendo-se até Recife. Dessa forma é influenciada por todas elas e irradia essa influência por ampla área de outras cidades.   Mas, o município sempre teve uma indústria de porte médio, importante para consolidação dessa posição na economia regional. Lamentavelmente, muitos dos estabelecimentos industriais antigos desapareceram relativamente cedo. Até certo ponto é normal que empresas sejam substituídas por outras, por questão de eficiência e por muitas outras razões, inclusive porque alguns tipos de negócio acabam naturalmente pelo surgimento de novas tecnologias e, com eles, empresas mais conservadoras ligadas ao ramo. O que não impede, entretanto, que muitas marcas ao redor do mundo exibam histórias centenárias de crescimento e evolução, o que também poderia ter ocorrido com algumas dessas indústrias mossoroenses.

A indústria salineira persiste e isso se deve muito à particularidade de seu produto, até hoje sem substituto à altura nos seus diferentes empregos, e da inédita condição do ambiente potiguar para sua produção. Mas, algumas salinas mossoroenses são hoje locais de produção de camarão ou apenas sumiram. A cidade teve tecelagens. Tecidos de modesto valor agregado. A Fitema (Fiação Tecelagem de Mossoró S/A), de Eneas Negreiros, no início da Av. Presidente Dutra; as fábricas de redes de dormir, dos Lúcios, família paraibana radicada na cidade, com sede próxima à Igreja de São José, e as Redes Mossoró, de Lucas Pires, Rua 6 de Janeiro, Bairro Santo Antonio. Aqui se produziu óleo comestível. O Óleo Tibiriça, da fábrica de Quincas Duarte, na Rua Cel Gurgel, início dos Pereiros, o Óleo Pleno fabricado por S/A Mercantil Tertuliano Fernandes, em sua indústria próximo da Igreja de São Vicente. Também se fabricaram refrigerantes em Mossoró. Barbosinha na Rua Francisco Izódio, esquina com Praça Bento Praxedes e Martinho Lúcio na Wenceslau Braz, São José, produziam, respectivamente, laranjada e guaraná. Até indústria farmacêutica existiu. A Indústria Farmacêutica Amorim Ltda, Indufal, fabricou soro fisiológico e alguns outros produtos farmacêuticos em sua planta situada na Av. Alberto Maranhão, na extremidade dessa artéria, limites urbanos ao norte da cidade de então.

Com duas universidades e recursos econômicos antes inexistentes, a expectativa é que empresas industriais da região sejam planejadas para evoluir com a tecnologia e ter vida longa. Das passadas, ficam os registros.

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