Hospital de Canguaretama segue interditado
Aviso sobre interdição foi afixado na porta do hospital.
O Hospital Regional de Canguaretama, no interior do RN, segue interditado após uma fiscalização da Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Estado (Suvisa). O aviso sobre interdição foi afixado na porta do hospital.
Os técnicos da Suvisa concluíram que a unidade não tem condições de funcionamento.
A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) disse que o hospital foi interditado por não atender as normas sanitárias. O órgão identificou que o local está com estrutura física muito precária, déficit de equipamentos e insuficiência de pessoal.
A Suvisa disse que o hospital foi notificado outras duas vezes, por inconformidades estruturais. Entretanto, após a terceira visita, os técnicos constataram que os problemas não foram resolvidos.
Foram encontradas irregularidades em diferentes setores da unidade de saúde. No centro cirúrgico, de acordo com o órgão, havia mofo, infiltrações e faltava alguns equipamentos. Os procedimentos de esterilização eram feitos em outros hospitais e, em seguida, o material esterilizado transportado para o Hospital de Canguaretama de maneira inadequada.
Grupo de trabalho
Uma reunião realizada ontem (1°), definiu a criação de um grupo de trabalho para as tratativas com relação à interdição do hospital. O grupo é formado por representantes de Canguareama, de municípios da microrregião do Agreste, da Associação dos Municípios do Litoral Agreste Potiguar (Almap) e da coordenadoria de Hospitais e Unidades de Referência (Cohur).
Na próxima semana, o grupo discutirá a questão dos servidores do hospital e distribuição de serviços para manter o pronto atendimento, definirá a regulação para encaminhamento dos pacientes e outras questões como transporte sanitário.
“A busca de soluções para resolver esse problema deve ser de forma coletiva, compartilhada. Reitero que não será a governadora sozinha que solucionará. Temos que andar de mãos dadas. Não é o governo querendo transferir a responsabilidade para as prefeituras. Ao contrário. A ideia é racionalizar as coisas para superarmos as limitações orçamentarias, financeiras”, pontou a governadora Fátima Bezerra.
Segundo o secretário de Saúde, Cipriano Maia, será construída uma proposta para o hospital nesse novo contexto, pensando a regionalização da saúde, o acesso dos usuários da região aos serviços de media e alta complexidade e o fortalecimento da pactuação com os municípios da região. A proposta, explica ele, é de primeiro abrigar o pronto atendimento, ter leitos de retaguarda para pronto atendimento e a possibilidade de leitos cirúrgicos com reabertura do centro cirúrgico desde que isso atenda necessidade da microrregião.