Por: TANIAMÁ BARRETO
Um lajedo, com água a escorrer;
Uma gruta a água a acolher;
Forma-se um translúcido lago
Miro embevecida o afago.
Ao contemplar das aves seu voar
Num ritmo de balé parecendo
Indo e vindo em um giro no ar,
E eu inebriada, escutando e vendo.
Contemplo o silêncio inebriante;
Contemplo das folhas o balanceio
Daquela mangueira frutífera.
Pleno devaneio!
Da calmaria da brisa suave
A mangueira de frutos doces e suculentos
De cascas branquinhas
Mais parecem flocos de algodão
Quão estarrecida me fazem comover