OPINIÃO

GIRASSÓIS

Por: DULCE CAVALCANTE


Hoje amanheci,

Achei no ontem

Um pensamento enternecido.

Olhei em volta,

E nada estava no lugar,

Sequer lembrava

Do que tinha sido.

 

Minha cama ocupava

Um campo de girassóis,

E cada girassol em mim

Espreguiçava-se, lânguido,

Para enlevo do sol.

 

A vida sorria em clave de sol,

Solfejava dos, res, mis e fas,

E no cerne da canção em lá,

Um coração, todo ouvidos.

 

O tom,  re- cordação,

Os sons, em si-menor  sussurrados,

Arrepiavam-me os recém- sentidos,

Eram lá-maior em mim,

E dó, não era compaixão,

Era a nota de uma canção embevecida.

 

Eu, os guardados da memória

E este momento surreal…

Éramos puro encantamento.


Dulcinéia Aguiar Cavalcante e Silva – Poetisa, Escritora, Poetisa e Imortal da Academia Feminina de Artes e Letras Mossoroense – AFLAM, ocupante da CADEIRA 18. Integra as confrarias: Café e Poesia e As Traças. Cronista Jornal De Fato e agente cultural da confraria Sem Eira nem Beira. Participa como coautora de várias coletâneas, além de autoria solo dos seguintes livros: Quatro Estações, Poltrona Azul, Bicicleta de Papel, … um chão para memórias soltas. Sua mais recente obra é Outanias. dulcinea.acs@gmail.com

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