Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que 64,7% das cidades brasileiras relataram falta de vacinas para imunizar, situação que afeta principalmente o público infantil. Na realidade do Rio Grande do Norte, o estudo mostra que 56% dos municípios potiguares constataram esse desabastecimento de pelo menos um imunizante na rede pública, 6ª maior porcentagem do Nordeste.
A pendência do imunizante Varicela na rede pública foi líder no levantamento do CNM, situação relatada por pelo menos 1.210 municípios brasileiros. Desde 2013, o Ministério da Saúde incluiu essa vacina na rotina tetra viral para crianças entre 15 meses e dois anos de idade.
Segundo Maria Eliza Garcia, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RN (COSEMS-RN), além da Varicela, a falta da Vacina Antirrábica também é uma realidade no estado.
“Estamos vivendo um momento preocupante para cumprimento de vacinação de acordo com as obrigações de percentual de cobertura”, afirma. De acordo com Maria Eliza, o mês de outubro será ainda mais crítico, pois já houve uma sinalização do Ministério da Saúde quanto à falta das vacinas de Febre Amarela e da Difteria, Tétano e Pertussis (DTP).
“Estamos fazendo um documento junto com a Sesap para o Ministério da Saúde solicitando providências e também mandaremos para o Ministério Público dando ciência da falta de vacinas para que não sejamos notificados pela Justiça. Neste momento teremos baixa cobertura destas vacinas”, explica a presidente do COSEMS-RN. A falta de vacinas também foi tema de uma reunião remota entre os municípios e o Governo do Rio Grande do Norte durante a manhã desta quarta-feira.
Tribuna do Norte