Julho das Pretas

Exposição nos corredores da Uern marca Dia Internacional da Mulher Negra

Evento em alusão a data está sendo promovido pelo Núcleo de Estudos da Mulher e por estudantes de Serviço Social

Um dia para mostrar resistência às opressões, as violências, ao anonimato e a falta de políticas públicas para as mulheres negras, em especial. É com esse formato de luta que, hoje, 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, está sendo lembrado pelo Núcleo de Estudos sobre a Mulher (NEM) ligado a Faculdade de Serviço Social (FASSO) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Várias atividades estão sendo desenvolvidas neste mês que foi denominado de “Júlio das Pretas”. As ações estão acontecendo desde o dia 13 deste mês quando foi realizada na FASSO uma oficina formativa abordando o tema: Racismo, ministrado pela professora Gabriela Soares.

Neste dia 25, durante toda a manhã aconteceu uma exposição nos corredores da Faculdade de Serviço Social promovida pelo NEM e por estudantes do curso de Serviço Social. As imagens expostas retratam mulheres negras que fizeram e fazem história até hoje. Em cada imagem, uma história de luta por igualdade e respeito, independente da cor da pele.

Entre as figuras destacadas na exposição está Tereza de Benguela, mulher negra, símbolo de luta contra a escravidão no Brasil. A professora Gabriela Soares lembra que desde 2015 essa data vem sendo comemorada no Brasil. “O dia 25 de julho aqui no Brasil também representa o dia de Tereza de Benguela, uma líder negra que lutou e liderou um quilombo por mais de 20 anos e se tornou símbolo de resistência contra a escravidão”, destacou.

A programação do Júlio das Pretas será encerrado na próxima quarta-feira (27), com uma mesa redonda que acontecerá no auditório da FASSO. Na ocasião a exposição também será montada no espaço e fará parte da programação do evento de encerramento. A professora-Doutora Suamy Soares ressalta a importância da exposição. “A ideia de fazermos a exposição com personalidades negras de nossa cidade, do estado, Brasil e do mundo, porque geralmente a mulher negra só aparece em narrativas de violência, pobreza e em dados muito tristes e esses dados existem e fazem parte também da exposição, mas nós queremos mostrar muito mais que isso, que a mulher negra não é só dor, existem mulheres negras que construíram esse país e continuam construindo e que fizeram história pelo mundo, então essa exposição tem esse objetivo”, detalhou Suamy Soares.

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