EU PRECISO DO VOTO DA MAIORIA

Continuando aqui, pela terceira edição seguida, com as agressões nos debates entre candidatos ao cargo de prefeito pelo Brasil afora, tem mais uma interessante mostrando que essa visão sobre o gosto do eleitor pelo tosco e o grotesco, vem de longe. E que a classe política, guardada as devidas exceções, sabe dessa condição. Ainda aproveitando a mensagem enviada por Amós Oliveira, como ele mesmo diz, a nova história, essa de lugares mais distantes, lá depois da linha do trem, conta que um certo candidato à presidência dos Estados Unidos, na primeira metade do século 20, ouviu de um jovem eleitor a observação de que ele ficasse tranquilo, pois, no país, todas as pessoas inteligentes e de boa fé votariam nele. A resposta foi: “Eu sei, meu filho, mas eu preciso do voto da maioria”.

Deu para entender que, a moral da história é: esse pessoal, com suas estratégias de debate, sabe o que está fazendo. Reforço o que disse nas duas últimas oportunidades sobre o tema, quem tem que fazer a diferença somos nós, os eleitores. Se continuarmos votando nesse tipo de candidato vai ficar assinado em baixo o que disse o político dos Estados Unidos e, com isso, as cadeiradas, facadas e tiros vão continuar acontecendo. A população precisa se educar no trânsito, no restaurante para não ligar o som nas alturas e, entre outras atitudes, formar também uma educação seletiva na hora do voto.


CAMINHÃO DOS CORREIOS COM MACONHA

Como costuma dizer meu amigo Biliudo, lá de Rafael Godeiro, “o negócio agora embaçou”. Depois do Supremo Tribunal Federal, atropelando o Congresso Nacional (Câmara e Senado), resolveu liberar o porte e uso da maconha, mesmo com quantidade “controlada”, o tráfico, quero dizer, o transporte da droga ficou mais seguro. O traficante que, em parte, virou comerciante com essa liberação, manda tudo pelos Correios. Isso mesmo, com a segurança do bom serviço prestado pelos Correios do Brasil.

Se querem uma prova é só acompanhar o noticiário e ficar sabendo que no sábado, 21, um caminhão dos Correios foi apreendido com 1.947 quilos de maconha, praticamente duas toneladas. A direção da empresa se apressou em dizer que se trata de um veículo terceirizado e vem colaborando com as investigações, e não poderia ser diferente. A defesa existe para isso, contarem versões. O certo é, vou direto, o negócio ficou avalhado e turma que já não temia muito, agora ficou até certo ponto tranquila para usar e traficar a maconha, até pelas empresas legalmente constituídas, como é o caso dos Correios. Como disse, o tráfico ficou mais seguro.

MÓI DE CIFRES

Por esse e muitos outros motivos que gosto muito do esporte amador, começa pelo bom futebol raiz em campo de terra batida ou arei a solta mesmo que, além dos aspectos particulares, tem revelado excelente profissionais. Veja o que acabo de encontrar, em um bairro da zona sul de Mossoró, o time do Mói de Chifres, disputando a Copão Xerenzão, no bairro do mesmo nome. Na mesma competição tem ainda o time Teimosos, Planalto, Real, Esperança e Barbearia. Você já começa se divertindo com o nome dos times.

Lembrei da história contada por Chico Anísio, claro, um pouco de muita criatividade em sua história ou “Estória”. Disse ele que, ao chegar no Rio de Janeiro chamaram para jogar na posição de goleiro no time de nome “Esporte Clube Tornei-me um Ébrio”. Assim você só encontra no futebol amador. Lembrem-se, ou, fiquem sabendo, quando o esporte bretão começou a introduzido no Brasil no final do Século XIX e os clubes fundados, tudo era baseado nos princípios do amadorismo e cavalheirismo, então, não debochem da criatividade e irreverência desses nomes, vamos manter, no caso, os princípios basilares do passado.

REFORMA DO IPIRANGA, HOJE ACEU

O antigo Clube Ipiranga, hoje batizado de Associação Cultural e Esportiva Universitária (Aceu), vivendo em estado de total abandono, dizem, passará por uma reforma completa. A garantia foi data pela reitora, Cicília Maia, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), entidade administradora do imóvel dos serviços que ali deveriam existir. Desta vez a impressão é de que a reforma realmente irá sair, já tendo ocorrido inclusive a licitação para escolha da empresa responsável pelos serviços.

Só me preocupei com uma coisa na fala da reitora, qual seja, em nenhum momento ela citou o aproveitamento do espaço para a prática esportiva. Falou apenas na cultura e espaço para os artistas e pesquisa de extensão. E a referência “Esportiva Universitária”, como fica? Vão acabar com a quadra e o minicampo? São perguntar que precisam ser feitas agora e ter uma resposta imediata, antes que a tal reforma seja iniciada e esses dois espaços esportivos desapareçam. Em tempo – Já que falei no Ipiranga lá no começo, é bom lembrar, o Clube Ipiranga de Mossoró, Rio Grande do Norte, foi construído na década de 1920 na Rua Dr. Mário Negócio, no Centro da cidade. O prédio serviu como espaço para eventos socioculturais gratuitos e públicos. Hoje transformado no Aceu. Que venha a sonhada reforma.

POLÍTICA E FUTEBOL

Aquele exemplo extremamente negativo que nasce no campo de futebol quando jogadores ao invés de jogar bola resolvem brigar e essa confusão acaba se espalhando pelas arquibancadas e os arredores dos estádios, parece haver sido, equivocadamente, adotada pelo ambiente político. A cada dia que passa mais cenas de selvageria são registradas na sucessão municipal pelo Brasil, com destaque para a capital São Paulo. Depois da cadeirada e troca de farpas, ou invés de proposta de governo, a briga se espalhou para os bastidores.

Após o candidato Pablo Marçal bater boca com seus oposições e ser expulso de um debate, seus assessores resolveram adotar a mesma postura. Nos bastidores os marqueteiros que deveriam se preocupar com a imagem dos seus assessorados, resolveram sair no tapa. A cena lembrou bem o ambiente de futebol agora no campo da política no qual, o péssimo exemplo dos protagonistas começa a se espalhar entre assessores e, não vai demorar, também teremos brigas nas ruas entre eleitores simpáticos as candidaturas do tosco e do grotesco. Infelizmente. O debate que seria o melhor espaço para expor ideias, corre o risco de desaparecer diante de tanta selvageria. Ficou perigoso colocar no mesmo espaço pessoas que não aceitam o contraditório.

MUDANÇA EM LOCAIS DE VOTAÇÃO

Atenção eleitor mossoroense, fique atento para algumas mudanças em relação ao local de votação nas duas zonas eleitorais. Na 33ª Zona as seções da Escola Estadual Professor Eliseu Viana foram distribuídas para outras duas escolas: Abel Coelho – Seções 159, 265, 304 e 321. Escola E. Lavoisier Maia –  Seções – 2, 3, 4, 5, 36, 37, 38, 39, 40 e 41. Já a Secções da Escola Estadual Hermógenes Nogueira estarão distribuídas nas seguintes escolas: Colégio José Moreira da Costa: Seções – 199, 210, 213, 218, 221, 224; e no Instituto Aprender e Crescer – seções 225, 228, 238.

Na 34ª zona, quem vota na Escola José Martins de Vasconcelos, no Liberdade I, as urnas serão transferidas para a Escola Universo. Os que votam na Escola Cunha da Mota, no Paredões, também em virtude de reforma, serão realocadas para a Escola Estadual Antônio Gomes, no mesmo bairro. No bairro Alto da Conceição, as seções que funcionavam no Sindicato da Lavoura, foram alteradas para a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, que fica na Rua José de Alencar. As urnas do Capes 2, que fica na Joaquim Nabuco, foram deslocadas para a Unidade de Educação Infantil Dulce de Oliveira. Escola Universo: Seções – 153, 162, 213, 223, 234, 251, 281, 299; Escola Estadual Antônio Gomes: Seções – 151, 165, 167, 197, 243, 267, 285; Secretaria de Desenvolvimento Econômico: Seções – 67, 68, 69, 70, 323; * UEI Dulce de Oliveira: Seções – 71, 146, 260, 290.

MENSAGEM

Chega-te aos bons, serás um deles, chega-te aos maus, serás pior do que eles.

Sabedoria popular

ELEIÇÕES – FISCAIS E DELEGADOS

As eleições municipais, assim podemos dizer, já entrou em sua reta final. É hora de tomar providências para o dia do pleito e aqui antecipamos algumas medidas, por exemplo, ligada ao credenciamento de fiscais e delegados. De acordo com o manual “#Voz da Democracia”, publicado pela Justiça Eleitoral, cada partido, federação ou coligação poderá nomear dois delegados(as) por zona eleitoral e dois fiscais por mesa receptora. As credenciais de fiscais, delegados(as) são expedidas, exclusivamente, pelos partidos, federações e coligações, sendo desnecessário o visto do juiz(a) eleitoral.

Ainda de acordo com as orientações para fiscalização dos partidos, federações e coligações nas eleições 2024, não poderão ser fiscais as pessoas menores de 18 anos e as nomeadas para atuar nas mesas receptoras, como apoio logístico ou na junta eleitoral. O credenciamento de fiscais se restringirá aos partidos políticos, às federações e às coligações que participarem das eleições no município. O presidente do partido ou da federação ou o representante da coligação ou outra pessoa por ele indicada deverá informar aos juízes eleitorais, até 4 de outubro (para o primeiro turno) e até 25 de outubro (para o segundo turno), os nomes das pessoas autorizadas a expedir as respectivas credenciais.

FESTIVAL ESPORTIVO EM NATAL

Diferentes modalidades esportivas irão ocupar espaço em Natal, capital do Rio Grande do Norte, nos meses de outubro e novembro. Denominado de Festival Tamo Junto BB, as atrações que serão apresentadas entre os dias 30 de outubro até 03 de novembro, agora em 2024, contará com disputas no vôlei de praia, skate park, corrida de rua e surf. O espaço do evento, a Arena das Dunas, ainda contará, de acordo com seus organizadores, com uma arena game. Tem opções para diferentes gostos, além de muita música.

Entre os atletas que já confirmaram presença, destaque para os campeões mundiais da modalidade skate park Raicca Ventura e Augusto Akio. E do vôlei de praia estarão presentes as campeãs olímpicas Duda e Ana Patrícia. Tudo isso regado aos shows musicais dos mais diferentes estilos, assim como serão as competições esportivas. Uma programação rica que colocará no período a capital potiguar no centro das atenções do esporte amador. Votos de sucesso.

JOGANDO DUPLO NA CAPITAL

Falar nos dias de hoje em fidelidade partidária é um tema estranho as chamadas novas lideranças políticas. Vejam o exemplo de Natal onde, apesar do acordo entre o diretório estadual do MDB em apoiar a candidata a prefeita, Natália Bonavides do PT, muitos dos seus filiados tomaram outro rumo. Pelas informações correntes na mídia da capital potiguar, o diretório municipal do partido resolveu seguir a candidatura do PSD, que tem Carlos Eduardo Alves tentando retornar ao executivo natalense.

Quem comanda o ato rebelde ou de traição, como estão chamando, é o presidente do diretório municipal, Júlio Protásio, que também é candidato a vereador. Os dois, Protásio e Carlos, são velhos amigos na política e resolveram seguir juntos, apesar da recomendação, no caso do MDB, em sentido contrário. Na verdade em Natal a sucessão municipal se transformou em uma grande salada, assim como em outras cidades. Vejo na cena o MDB e os próprios Alves topando qualquer arrumação em nome da sobrevivência. Assim como faz o PT se unindo aos grupos que antes fazia jogo de cena esbravejando e chamado de oligarquias que queriam mandar na vida pública do RN. É o poder.


DICA LEGAL – VENDA E COMPRA DE VOTO

O texto a seguir me foi enviado pelo amigo Nazareno Silva, escritor, poeta e servidor experiente do INSS em Mossoró. Dado o momento que vivemos de sucessão municipal nas prefeituras e câmaras de vereadores, resolvi reproduzir a mensagem aqui no portaldorn.com. Confira: O VOTO

” Quem vende seu voto, vende seus diretos.  Direito à saúde, à segurança, ao desenvolvimento, não somente seu, mas todos à sua volta”. Pense nisso antes de praticar o delito.

E segue ele em sua rica dica:

“A captação ilícita de sufrágio, mais popularmente conhecida por “compra de voto”, é crime definido na Lei n° 9.840/99, oriunda do projeto de lei de iniciativa popular liderado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A Lei é severa para quem a descumpre, e está sujeito às sanções penais. A infração, é bom ninguém esquecer, porque está prevista no Art. 299 do Código Eleitoral. Escrito e feito. Eu quis dizer, que, o que “está escrito”, será feito”.

 

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