Terceirizada

Prime dá aviso prévio a seus funcionários

Decisão da Prime foi motivada pelo atraso no pagamento das faturas por parte da UERN;

A Prime, empresa que presta serviços de limpeza e manutenção predial à Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) colocou de aviso prévio todos os seus funcionários que atuam no campus universitário central, em Mossoró. São cerca de 50 trabalhadores que ficarão desempregados. A medida ocorreu na última quinta-feira e poderá ser revista, segundo a direção da Prime.
Diretor da empresa em Mossoró, Evandro Rodrigues informou ao Portal do RN, que a decisão de colocar os funcionários de aviso prévio ocorreu em face da dificuldade de pagar aos trabalhadores pois o governo do Estado tem atrasado o pagamento das faturas pela prestação do serviço.
Rodrigues relata que a Prime ganhou o processo licitatório, modalidade tomada de preço, para prestar serviço à UERN durante 5 anos. “A cada 12 meses, o contrato é renovado. No dia 26 de novembro seria feito o terceiro aditivo de tempo”, informa, acrescentando que a Prime não vai mais querer a renovação do contrato.
“Nos casos de renovação, a UERN sempre se pronuncia antecipadamente, e nos enviou em meados de maio, ofício nos indagando sobre o interesse ou não de renovar. Naquela ocasião, respondemos que sim, pois haviam “falas” dos gestores de contratos e Pró-Reitores da UERN que haveria melhorias de repasses, que os pagamentos saíram com mais regularidades”, justifica.
O diretor da Prime lamenta que tudo tenha ficado apenas na promessa. “Como os atrasos ficaram cada vez maiores, prejudicando a empresa e nossos funcionários a empresa enviou documento à UERN retirando o interesse em continuar prestando serviço à universidade a UERN”, afirma, acrescentando que a Prime informou à UERN ainda que somente renovará o contrato se houver regularização dos repasses.
“Se pelo menos nos pagassem, além da fatura de julho deste ano, as de dezembro de 2018 e uma fatura de reequilíbrio financeiro, referente ao período de agosto a 25 de novembro de 2018, a gente colocaria os funcionários em dia, e ai aceitaríamos renovar por mais 22 meses”, diz Rodrigues.
Ainda segundo o diretor da Prime, não se trata de rescisão contratual, mas apenas um não à renovação mediante a situação de atrasos.
“E quanto aos avisos, esse é o procedimento padrão, tendo em vista a não continuação do contrato, os funcionários terão que ser desligados, e estes, conforme prevê a CLT, tem direito a aviso prévio obrigatoriamente, ressalvadas algumas situações, que são alguns poucos funcionários ainda em contrato de experiência de trabalho. Estes terão seus contratos de experiência encerrados na data de 30, 60 ou 90 dias”, finaliza.
A Primeira informou que se houver normalização dos repasses os avisos serão tornado sem efeito. A UERN confirmou que o contrato entre as partes não foi rescindido e que vence no dia 26 de novembro próximo.

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