POR: TANIAMÁ VIEIRA DA SILVA BARRETO
Digníssimas autoridades.
Na minha condição de integrante da Academia Feminina de Letras e Artes Mossoroense; atualmente ocupando o cargo de Presidente Executiva, inicio minha fala registrando que este é um momento histórico, por demais significativo para nós que fazemos a AFLAM.
Após 15 anos de institucionalizada, com a linda participação da nossa Presidente de Honra Socorro Cavalcanti, que doou este imóvel, termos a bênção de usufruirmos do nosso espaço para realizarmos nossas reuniões e guardarmos nosso acervo.
E por uma questão de justiça e de resgate histórico, impõe o registro:
Fátima Castro, valeu seu esforço de peregrinação entre o Museu Municipal Lauro Monte, a sala do terceiro andar da Biblioteca Ney Pontes Duarte e a ESAM, realizando os grupos de trabalho, articulações e protagonismo na institucionalização e estabelecimento de conexões estratégicas para a funcionalidade da AFLAM, dando o pontapé inicial, na busca de constituição de um espaço institucional da ação da mulher nas letras e nas artes.
O que seria da AFLAM se não fosse a ação protagonizada por Conceição Maciel, com suas segunda e terceira gestões da AFLAM, cujo exercício foi permeado de inovações com o primeiro encontro interinstitucional da cultura do rio Grande do Norte, com ousadia e dinamismo; inclusive, com indicação de Fátima Castro, concedendo o Título de Presidente de Honra da AFLAM à nossa benfeitora Socorro Cavalcanti, a qual denomino Embaixadora da Cultura da Mulher Mossoroense.
Joana D’Arc, não seriamos a AFLAM de hoje sem a sua gestão criativa que, por dois mandatos, virou e revirou os baús da administração pública e privada, buscando e articulando-se com os demais equipamentos culturais e políticos para bem realizar a missão da Instituição. Cito aqui, a título de exemplo: a Escola de Artes de Mossoró, a Câmara Municipal, e tantos outros equipamentos culturais e educacionais.
Não fosse o desprendimento da confreira Helenita Castro/ que durante sua gestão, disponibilizou seu espaço institucional acolhendo-nos no CEDEC e dinamizando, não só as atividades da AFLAM, mas, principalmente dando corpo e forma a Academia Juvenil de Letras e Artes Elita Carlos- AJLAEC.
Senhoras e Senhores, assim é a AFLAM composta por Mulheres, abrindo caminhos para ter seu espaço e marcando presença nos mais variados campos e linguagens das letras e das artes.
Eu? Estou aqui como guardiã da AFLAM.
Sim, desde os primórdios que eu, seja como membro do Conselho Fiscal, Primeira Secretária ou Vice-Presidente, tenho sido coprotagonista de todos estes momentos da gestão da AFLAM.
Sim, seleta plenária, Eu, Taniamá Barreto, artista plástica desde os seis anos de idade, poetisa, desde os 15 anos, doutora pesquisadora e escritora, aqui estou, cuidando do patrimônio da AFLAM, agradecendo ao meu bom Deus, inteligência suprema, por estar me concedendo viver este momento de receber tão significativo patrimônio, o SOLAR ELIZA PAIVA CAVALCANTI e poder expressar publicamente, em nome de todas as aflameanas,
SOCORRO CAVALCANTI, NOSSO RECONHECIMENTO
E, é na qualidade de guardiã do patrimônio cultural da AFLAM que faço um apelo todo especial a MARCIA REJANE, Sócia Benemérita da AFLAM, autora do projeto arquitetônico do SOLAR ELIZA PAIVA CAVALCANTI, desculpe-me por eu ter autorizado a inserção da foto do projeto original do futuro SOLAR, no convite deste EVENTO. Este pedido de desculpas se dá pelo fato de entender que a foto do convite deveria ter sido a da fachada do solar, tal como está hoje.
Mas, o fato é que o momento requer apenas aplausos feitos e ditos para todas nós.
Seleta Assembleia, considerando minha condição de aflameana negra e resiliente, não poderia dizer de outra forma senão poetizando, trazendo para mim o sentimento do coração de todas as acadêmicas da AFLAM que pulsa e é; e somos; e sou:
Sou de calcáreo
Sou feita da rocha,
que resiste as pancadas da vida
Mas não se transforma em espinho;
Transformando-me em fonte de paciência, perseverança e habilidade, para enfrentar os obstáculos.
Sou água, que aceita e se molda às circunstâncias cotidianas;
Sou mar que percorre horizontes, embelezando os continentes;
Sou sol, coroa e diadema, que busca no outro sua fonte de inspiração;
Sou árvore que dá sombra para os que a circunda, produzindo frutos em forma de poesia
Sou galho; sou folhas; e sou flores para, sem pretensão, ornamentar as práticas literárias e artísticas das acadêmicas:
Fátima de Castro, Conceição Maciel, Symara Tâmara, Goretti Medeiros, Goreth Serra, Socorro Gurgel, Helenita Castro, Izaíra Thalita, Lenilda Santos, Marlene Maia, Maria José, Maria Freire, Vanda Jacinto, Maria Lúcia, Aldenôra Barbosa, Dulce Cavalcante, Ângela Fausto, Joana D´Arc, Susana Goretti, Margareth Freire, Joriana Pontes, Iris Emanuela, Tony Silva, Claudia Max, Clézia Barreto, Vanja Reis, Aline Linhares, Martha Christina, Nôra Aires, Gisele Lima, Goretti Alves, Margarida Costa, Ângela Gurgel e Albetiza Leite.
UFAAA!
É preciso citar todas! Pois são estas mulheres que semeiam, plantam e produzem letras e artes, dando corpo, essência e forma à AFLAM
No ano em que a AFLAM completa seus 15 anos, não poderia receber presente melhor do que este: a doação de nosso próprio espaço, vindo favorecer, significativamente o desenvolvimento das atividades socioculturais. É um feito de grande relevância para que possamos realizar todos os nossos projetos, sem precisar pedir o consentimento de outrem.
Sei que muito ainda há a ser feito; muito a ser investido! Mas, para o momento da inauguração estamos, com a ajuda de todas vocês, fazendo o que é possível, ou seja, o melhor.
Além do esforço humano desprendido, por cada uma e por todas aflameanas, houve também o investimento financeiro.
A caminhada ainda longa e merecedora de dedicação de todas, deve ser traçada pedagogicamente, sem atropelamentos: com respeito ao tempo de ação de cada uma, inteligência, sabedoria e determinação, para não recuar mediante os desafios.
Gratidão. Jesus nos abençoe na nossa nova caminhada.
Prof.a Enf.a Dra. TANIAMÁ VIEIRA DA SILVA BARRETO (Taniamá Barreto / Taniamá Vieira) é autora de vários livros de poesias, crônicas e técnico-científicos. É sócia fundadora das seguintes academias: Academia Feminina de Letras e Artes de Mossoró (AFLAM), ocupante da Cadeira 12; Academia de Letras e Artes de Martins (ALAM), ocupante da Cadeira 01; e Academia de Ciências Jurídicas e Sociais (ACJUS), ocupante da Cadeira 03. É Titular da Cadeira 08 da Academia Mossoroense de Letras (AMOL) e Patronímica da Cadeira 57 do Conselho Internacional de Letras e Artes (CONINTER). Integra o Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP), a Sociedade Brasileira de Estudo do Cangaço (SBEC), o Museu do Sertão, a Associação Literária e Artística de Mulheres Potiguares (ALAMP) e a Associação dos Escritores Mossoroenses (ASCRIM), além de Sócia Correspondente da Academia de Letras de Apodi (AAPOL).
