Corredores vazios chamam atenção no HRTM
Mudanças nos fluxos de atendimento, aquisição de equipamentos e nova oferta de vagas em UTI mudam realidade no hospital
Tem chamado a atenção, nos últimos dias, o vazio em que se encontram os corredores do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). Unidade de referência na região Oeste, o Tarcísio Maia tem se notabilizado, ano após ano, por ter sempre corredores lotados haja visto a carência de leitos e a superlotação.
De acordo com o diretor administrativo do hospital, Valmir Alves, essa nova realidade tem sido com a adoção de algumas medidas. “Mudanças nos fluxos de atendimento e instituição do médico regulador contribuem para um novo momento na história do Tarcísio”, destaca.
A diretora geral do HRTM, Herbênia Ferreira, cita a aquisição de alguns equipamentos para agilizar processos também contribui para que os pacientes passem menos tempo no hospital e, assim, o número de pacientes nos corredores também seja reduzido. Um dos instrumentos adquiridos pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP/RN) foi o equipamento utilizado no exame de troponina quantitativa.
“Há mais de 2 anos os cardiologistas pediam esse exame pra agilizar os casos de infarto. Conseguimos agora colocar em prática com a aquisição do equipamento para realizar o exame de troponina quantitativa”, informa Herbênia Ferreira
Para a diretora, são medidas iniciais que tem trazido um novo momento para o hospital, no entanto é preciso se fazer mais para que o cenário visto nos últimos dias seja uma realidade permanente no HRTM. “O maior desafio é manter a sustentabilidade dessa realidade. É preciso que todos se envolvam em seus setores na rearticulação dos processos de trabalho. Procurando sempre agir em tempo hábil para a desospitalização do paciente. Ajudando a regular o fluxo. Internalizando a ideia que o HRTM é hospital de urgência e emergência e em sendo assim, não podemos continuar atendendo demanda de ambulatório que compete aos municípios”, analisa.
Ainda segundo Herbênia Ferreira, para que não haja superlotação no HRTM, com a consequente melhoria do atendimento e da qualidade dos serviços oferecidos, é preciso que haja reorganização da rede hospitalar e cada um apoiar o setor de acolhimento e classificação de risco e núcleo de regulação do hospital.
Herbênia aponta que é importante conscientizar o usuário que a missão do HRTM é atender a urgência e emergência em trauma e cirurgia como também a urgência em clínica médica que chegue ao hospital pela via da regulação. “Se cada um fizer sua parte e todos nós nos unirmos num só propósito haveremos de vencer e tornar o HRTM um hospital mais acolhedor e humanizado onde as urgências e emergências possam ser atendidas de maneira efetiva e sem tanta sobrecarga em todos nós servidores desse hospital”, finaliza.