Estimativa

Chuvas e aumento de custos podem reduzir a produção da fruticultura em até 20% no RN

A estimativa é produtor Luis Roberto Barcelos, diretor da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).

Um dos principais produtos exportados pelo Rio Grande do Norte, as frutas frescas como o melão deverão ter uma queda de produção entre 15% e 20% em 2022. A estimativa é produtor Luis Roberto Barcelos, diretor da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).

A situação pode causar impactos na criação de vagas de empregos no estado. O setor agropecuário emprega pouco mais de 12 mil potiguares com carteira assinada, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

“A gente está muito preocupado. Neste ano, estamos vivendo uma situação que nunca tinha visto antes. Excesso de chuva, que para o começo da safra não é bom, embora que para o médio e longo prazo seja bom. E tivemos aumento de insumos, como adubos, defensivos, embalagens, diesel, energia. Tudo subiu demais”, afirmou o produtor.

Outro problema para os empresários é o câmbio. Isso porque as frutas exportadas pelo Rio Grande do Norte são negociadas em Euro – moeda que ficou mais barata que o dólar pela primeira vez em 20 anos. Além disso, os produtores estão se vendo em meio a problemas logísticos, que deverão dificultar o embarque das mercadorias nos portos regionais. Segundo ele, alguns navios deixaram de parar nos portos.

“O setor agrícola teve até um aumento do consumo durante a pandemia. O problema da pós-pandemia é a incerteza. É que nós teremos que aumentar o preço em Euro, em moeda estrangeira, e a dúvida é se o consumidor vai absorver esse aumento de preço. Com certeza não. Tudo que sobe preço, diminui o consumo. Tudo isso gera uma grande incerteza”, pontuou.

De acordo com ele, a fase de plantio da safra 2022 começou há cerca de um mês, já em volumes menores e os produtores esperam que o cenário para este ano possa ficar mais claro. A fase de exportação deve começar em agosto. “Haverá uma redução do volume, de 15% a 20%, mas a gente está tentando ver se consegue repassar pelo menos uma parte desse aumento de custo, para que a gente não tenha um colapso financeiro na área produtiva”, pontuou.

96 FM

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