Controle

Caern faz análises periódicas para garantir qualidade da água

Em 2020, Caern fez cerca de 24 mil análises na água de redes de distribuição em todo o Rio Grande do Norte.

A Caern fez, durante o ano de 2020, cerca de 24 mil análises na água de redes de distribuição em todo o Rio Grande do Norte. Dessas, 7,5 mil foram em Natal, distribuídos em 232 pontos de coleta, sempre dando prioridade a locais de maior concentração populacional, conforme orienta a legislação de potabilidade. Esse quantitativo está voltado para atender ao que recomenda a legislação e verificam os parâmetros de cloro residual livre, pH, turbidez, cor, coliformes totais e E. coli.

Fazer esse trabalho foi um desafio em 2020, em razão da pandemia da Covid-19. “A gente teve que lidar com muitos casos de recusa de acesso a pontos de coleta, como também estabelecimentos fechados durante esse período”, comenta o biólogo Ederson Nunes, chefe da Unidade do Laboratório Central de Águas da Caern. Essa situação, no entanto, está numa tendência de melhora e no início de 2021 já houve um aumento de 30% nas coletas.

Além das análises nas regionais, também são feitas verificações semestrais no Laboratório Central da Caern. No ano passado, foram enviadas 2.665 amostras de água para análise – em períodos normais antes da pandemia, essa quantidade passava dos 3.500. São analisados outros parâmetros como alcalinidade, condutividade, sólidos totais dissolvidos, cloreto, dureza, nitrato, nitrito, potássio, sódio, sulfato e ferro. No caso dos mananciais de superfície, também é feito o estudo hidrobiológico, com a identificação e contagem de cianobactérias e as cianotoxinas.

SAÚDE

O controle da qualidade da água potável distribuída à população é normatizado pela Portaria 888/2021, do Ministério da Saúde, que define os critérios a serem seguidos. Segundo Ederson Nunes, a portaria é resultado de discussões entre órgãos e entidades ligadas ao meio ambiente, alterando assim a Portaria de Consolidação nº 5/2017, Anexo XX, do Ministério da Saúde. As mudanças foram feitas em maio.

“Alguns parâmetros físico-químicos entraram e outros saíram da portaria. Alguns foram mudados na sua frequência, outros no VMP (Valor Máximo Permitido), tudo para melhorar o controle da qualidade”, salienta Ederson, acrescentando que o debate ainda está ocorrendo, dentro da Câmara Técnica de Controle de Qualidade da AESBE junto à Agência Nacional de Águas (ANA);

ETEs

Outro instrumento de controle da qualidade da água que a Caern utiliza é o piezômetro. Esses equipamentos são poços perfurados ao redor das estações de tratamento de esgoto para serem “sentinelas”, verificando a influência ou interferência do efluente da ETE no aquífero.

São feitas análises periódicas do material coletado nesses poços – com frequência mensal, bimestral, trimestral ou semestral, dependendo do tamanho da ETE e de sua influência. Esse controle é determinado pelo órgão ambiental do Estado, o Idema. Até 2020, era a Caern que fazia as análises, mas este ano a companhia celebrou contrato com o Senai para esse trabalho. Isso foi necessário por causa do incremento de mais parâmetros a serem monitorados, permitindo, assim, maior controle e cuidado com o lençol freático, sempre com o objetivo de preservar os recursos hídricos do Estado.

Notícias semelhantes
Comentários
Loading...
Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support