Bolsa fecha acima dos 104 mil pontos pela primeira vez desde março
Dólar caiu para R$ 5,34 com avanços de vacinas
O Ibovespa fechou acima dos 104 mil pontos nesta segunda-feira (20), o que não acontecia desde março, com ações de varejo e de telecomunicações liderando as altas, em sessão ainda apoiada por ganhos em Wall Street após notícias positivas sobre vacinas contra a covid-19.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,49%, a 104.426 pontos, encerrando perto da máxima da sessão. O indicador está no maior nível desde 4 de março, quando tinha fechado aos 107.224 pontos.
No exterior, vacina experimental contra o coronavírus que está sendo desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford produziu resposta imunológica em testes clínicos de estágio inicial, corroborando esperança de que possa ser usada até o final do ano.
Em paralelo, a alemã BioNTech e a norte-americana Pfizer relataram dados adicionais de sua vacina experimental contra o Covid-19 que mostraram que ela é segura e induziu resposta imunológica nos pacientes.
Também no radar dos mercados esteve proposta apresentada a líderes da União Europeia para um pacote de recuperação econômica do bloco no âmbito da pandemia que inclui 390 bilhões de euros em subsídios e 360 bilhões de euros em empréstimos.
Câmbio
O dólar começou a semana em queda ante o real, firmando baixa na parte da tarde conforme os mercados globais se animaram com notícias promissoras sobre potenciais vacinas contra a covid-19.
A moeda brasileira esteve entre as de melhor desempenho global nesta sessão, mantendo padrão de amplas oscilações diante do que analistas classificam como efeito colateral de menores volumes de negócios.
O dólar comercial à vista caiu 0,75%, fechando em R$ 5,342 reais na venda.
Com a expectativa de divulgar amanhã (21) sua proposta para unificar o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), a equipe econômica quer apresentar em 15 dias o conjunto restante da reforma tributária, que envolverá para pessoas físicas a diminuição das deduções possíveis no Imposto de Renda, mas também das alíquotas de tributação. A informação foi dada por Guilherme Afif, secretário especial do Ministério da Economia.
*Com informações da Reuters