BALA TROCADA NÃO DÓI

Assim diz o ditado popular: Bala trocada não dói. Embora o assunto seja sério, tem sido hilária a troca de farpas entre os seguidores do atual presidente Bolsonaro e do ex-presidente Lula em torno do episódio da utilização de um avião do governo federal para o tráfico internacional de drogas. Na tentativa de defender o indefensável, a bagunça “organizada” em algumas universidades federais regada ao uso de drogas ilícitas, a turma do Lula ironiza dizendo que a droga na verdade estava no avião da comitiva do presidente, e para replicar, a galera do Bolsonaro bate o pé na afirmação de que isso já acontecia nos governos anteriores do PT e o atual botou ordem na casa descobrindo o crime. Enfim, o ruim nisso tudo é que as paixões partidárias e a personificação de governos, deixam as pessoas politicamente cegas e pobres de argumento. Não importa se acontecia antes ou agora, o interessante e necessário saber é como vinha acontecendo e com o beneplácito de quem. Seria uma ação isolada do sargento flagrado com o produto ou teria a conivência de seus superiores? Eis a questão. No mais, é um crime sério, precisa ser apurado e, para terminar, repito, na troca de farpas, bala trocada não dói.

COMPLEXO VIÁRIO DOS ABOLIÇÕES

Não confundam com a síndrome do cachorro vira-lata, longe disso, trato aqui apenas de uma constatação, algo que pode ser visto por muitos que trafegam nas cidades de Mossoró e Natal. A questão diz respeito ao entregue como pronto, porém inacabado complexo viário dos abolições na terra que botou Lampião e seu bando para correr. No complexo dos abolições o asfalto é irregular em vários pontos, os viadutos não apresentam segurança, o trecho não tem iluminação artificial noturna e, complicando a vida do pedestre não foi colocada nenhuma passarela entre os conjuntos Redenção e Liberdade, ou seja, de um extremo a outro da cidade. E o que é pior, em recente visita a sede do Dnit em Brasília, vereadores mossoroenses ficaram sabendo que não existia na época do início da obra e ainda inexiste qualquer projeto nesse sentido. Enquanto, fazendo o certo, entre Parnamirim e Natal obras idênticas acontecem desde o ano passado sempre obedecendo um calendário previamente anunciado e ao final entregue com toda a estrutura necessária. Não vou perder tempo com a bobagem se é Mossoró ou Natal, pois assim fazendo estaria sim dentro daquilo que se chama síndrome do cachorro vira-lata, onde tudo que é de fora é melhor que o nosso, nada disso, aqui se constata a ausência de força política no sentido de bater na mesa e exigir, cobrar o certo. Falhamos todos nós desde o nascer do projeto. Agora é correr atrás do popular prejuízo com os seus remendos.

AINDA SEM ACORDO

O presidente da câmara dos deputados federais Rodrigo Maia até tentou, mas não conseguiu nenhum acordo para a inclusão de municípios e estados no texto da Reforma Previdência ainda nas discussões na comissão destinada a este fim. Com isso esse ponto da reforma terá mesmo que ser discutido em plenário no qual muitos deputados não querem nem ouvir falar para não ter prejuízos políticos em suas bases. Governo e seus aliados agora tentam encontrar um meio para que estados e municípios sejam inseridos no entanto a missão não tem sido nada fácil, embora as apostas estejam parelhas quanto ao seu retorno, não existe segurança em nenhum dos lados entre aqueles que acreditam na inclusão ou não.

MANTENHO MINHA OPINIÃO

Antes de golear a modesta seleção do Peru, que mais uma vez morreu na véspera, e empatar com o Paraguai e conseguir a no sufoco das cobranças dos tiros livres da marca do pênalti, analisamos aqui que a seleção brasileira não jogava nada. E mantenho minha opinião, que aliás não é algo isolado, compartilho com outros observadores do momento pouco qualificado do futebol e da seleção nacional. E tem um detalhe, caminha até para ser campeã das Américas, porém sem jogar nada. Quem sabe, torço por isso pois quero sempre o sucesso do futebol brasileiro, com esse susto do momento as coisas possam se organizar até a próxima Copa do Mundo. É o desejo de todo esportista nacional, porém não temos o direito de vender fantasia.

SAÚDE EM TIBAU

Em tempos recentes andei comentando sobre a qualidade da assistência médica prestada na cidade de Tibau, dentro daquilo que é possível para ser mantido por uma prefeitura, já que os casos mais complexos são encaminhados para Mossoró ou até outro centro mais avançado. Citamos inclusive a reforma completa do hospital local e o atendimento em comunidades rurais, como é o caso de Gangorra. No enfoque só esquecemos um detalhe, a atuação do ex-prefeito Nilo Nolasco. Foi dele a iniciativa de procurar recursos federais utilizando como canal o deputado federal Beto Rosado que, segundo me contaram, através de uma emenda conseguiu os recursos suficientes para promover a reforma. Faço o registro no sentido de mostrar que não precisa ter um cargo eletivo quando se busca deixar um legado, fazer algo de positivo para o município ou estado onde residimos. Aqui, destaco, ponto positivo para a classe política. Ser justo é preciso, uma obrigação e não um favor.

OAB DEIXANDO BRECHAS

O cerco vai apertando e, de primeira, atinge a credibilidade e depois nada sendo feito, os prejuízos podem ser incalculáveis. Em entrevista à rádio Jovem Pan o presidente Jair Bolsonaro perguntou para que serve a OAB, ao responder um questionamento sobre o pedido do presidente nacional da entidade Felipe Santa Cruz, pela saída do ministro Sérgio Moro. Aliás, na avaliação de advogados espalhados pelo Brasil, o dirigente da entidade mais parece um defensor das propostas de oposição ao governo federal, esquecendo assim da sua verdadeira missão. Com esse comportamento, parecendo um advogado partidário, ele vai dando brechas para esse tipo de insinuação. A crítica do presidente Bolsonaro não é algo do acaso e sim uma reação de quem vem sendo atacado, no caso, sem a menor necessidade no entendimento de muitos dentro da própria ordem. O leite começou a entornar.

MENSAGEM

“Adote o ritmo da natureza: o segredo dela é a paciência”. Ralph Waldo Emerson.

PLACAS, POTIGUAR E BARAÚNAS

Atendendo um pleito apresentado por dirigentes do futebol local, a Câmara Municipal de Mossoró aprovou um projeto que transferia para as equipes do Potiguar e Baraúnas o direito de explorar as placas de publicidade espalhadas pela cidade com indicações de nomes de ruas e avenidas. Seria uma fonte de renda para abastecer financeiramente as agremiações. A questão é, depois da aprovação no legislativo o que aconteceu? Confesso que não ouvi falar mais nada e muito menos percebo a utilização, no caso de já haver sido autorizada. A ideia é boa e não pode ficar no esquecimento, por isso faço essa nota no sentido de provocar os cartolas do futebol mossoroense. Para onde mandaram aquela euforia vista no dia da aprovação no plenário João Niceras de Morais? Acorda, o tempo urge.

SUCESSÃO MUNICIPAL

Tenho sido instado a comentar, embora aparentemente distante, sobre eleições municipais de 2020. Então, como a vida é um fato local (Charles Chaplin) vamos mencionar aqui o que corre em termos de notícias, ou boatos, em torno do pleito no município de Mossoró. E, observando a cena, creio que a oposição anda facilitando a vida da prefeita Rosalba Ciarlini, caso seja o seu desejo de disputar a reeleição. Digo isso com base no esfacelamento dos nomes postos, o que representa fracionar os sufrágios com destino a candidatos opositores a atual prefeita que, ninguém discute, continua sendo a maior juntadora de votos na cidade que tem Santa Luzia como padroeira. Essa fragmentação até poderia funcionar, isso no caso de Mossoró ser uma cidade com dois turnos. No primeiro os partidos poderiam lançar candidaturas próprias e, no segundo pintaria aquela composição de forças.

SUCESSÃO MUNICIPAL II

Pelo que tenho escutado em rodas que discutem a política local, tem sido comum ouvir os nomes da deputada Isolda Dantas, do deputado Allyson Bezerra, além de Gutemberg Dias e, provavelmente, Tião Couto. Esse último não coloco como certo pois em conversa com um político experiente e bem relacionado nos bastidores da política potiguar, recebi a informação que o objetivo do grupo de Tião a partir de agora é o nome de Jorge do Rosário para deputado estadual. Mas, com ou sem Tião que deve se posicionar em breve, comprovamos que o rio oposicionista ao invés de ser alimentado por afluentes, ele se divide em vários deles, o que não é um bom negócio. Sim, bom negócio para a prefeita em exercício. Essa, com o desenho do momento, tem ampla vantagem para permanecer inquilina por mais quatro anos no Palácio da Resistência. Como diz um dos famosos bordões: Quem viver, verá.

A VIOLÊNCIA CONTINUA

Lembro que nos primeiros meses do ano andaram festejando a queda no número de homicídios no Rio Grande do Norte, o que também achamos muito bom. Porém, essa é uma luta permanente e sem tempo para tréguas. Queda no número da violência não se festeja, aproveita-se o que vem dando certo, aprimora e amplia o combate. Se for parar e perder tempo lançando números e dando entrevistas comemorativas, a bandidagem não tem esse tempo e aproveita para disseminar cada vez mais seus atos criminosos através de assaltos, latrocínios e homicídios. Dito isso, vamos então observar o que saiu do controle, claro, dentro daquilo que é possível para retomarmos a sensação de segurança. Já será um bom recomeço.

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