Anúncio da volta da margem adicional de 5% no consignado movimenta mercado de crédito
MP que aumenta para 40% o percentual pode ser comprometido com empréstimos e despesas com cartão de crédito deve ser assinada na quinta-feira
A volta da margem adicional de 5% para crédito consignado já tem data para sair do papel. Nesta quinta-feira, 17/3, o Ministério do Trabalho e Previdência deve editar uma Medida Provisória (MP) que aumenta para 40% o percentual do benefício que aposentados e pensionistas poderão comprometer com empréstimos e despesas com cartão de crédito.
A informação foi confirmada nesta terça-feira, 15/03, pelo deputado federal capitão Alberto Neto, da base do governo, durante uma live realizada pelo INAF (Instituto Nacional do Agente Financeiro). O deputado explicou que não poderia fornecer muitos detalhes, mas garantiu que nesta quinta-feira o ministro do Trabalho e Previdência Onyx Lorenzoni fará o anúncio oficial da MP. “O governo se sensibilizou com o tema e entendeu a importância de aumentar a margem para empréstimo consignado neste momento de crise que o país enfrenta”, afirmou o deputado.
O anúncio da volta da margem adicional de 5% foi recebido com entusiasmo pelo mercado de crédito, principalmente pela categoria dos correspondentes bancários. Nos últimos meses, a categoria se mobilizou e realizou diversas ações para pressionar as autoridades a aumentar a margem.
Para Yasmin Melo, presidente do INAF e fundadora do Movimento Gigantes do Consignado, a volta da margem adicional de 5% trará alívio para muitos brasileiros que estão endividados. “O empréstimo consignado tem as menores taxas de juros do mercado. Com a volta da margem adicional, o aposentado terá mais acesso a crédito mais barato e poderá substituir as dívidas com juros mais altos”, afirma.
O aumento da margem adicional de 5% durante a pandemia foi aprovado através da Lei 14.131/21 e teve validade até 31 de dezembro de 2021. Desde 1º de janeiro de 2022, a margem para crédito consignado voltou a ser de até 35% do benefício (30% para empréstimos pessoais e 5% para despesas com cartão de crédito).