Solenidade

Governadores e seis entidades nacionais assinam Pacto Pela Vida

Documento que declara apoio a gestores estaduais e municipais no combate à Covid-19 foi entregue hoje ao coordenador do Fórum dos Governadores

A governadora Fátima Bezerra (PT), participou nesta segunda-feira (15), da solenidade de entrega do documento Pacto Pela Vida e pelo Brasil – O Povo Não Pode Pagar com a Própria Vida – ao coordenador do Fórum dos Governadores, José Wellington Barroso de Araújo Dias [governador de Piauí].

A solenidade virtual foi acompanhada por governadores e pelas seis entidades que assinam o documento, entre elas: a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns (Comissão Arns).

O documento declara apoio aos esforços de governadores e prefeitos para garantir o cumprimento das medidas sanitárias de proteção, paralelamente à imunização rápida e consistente da população, neste momento de profunda crise e recrudescimento da pandemia. Após pouco mais de um ano do surgimento dos primeiros casos da doença, no Brasil, a média diária de mortes supera as 2 mil pessoas. Por todo o país, mais de 270 mil vidas já foram perdidas.

“O maior simbolismo do ato de hoje é renovar nossa esperança. Pois, não vamos, de maneira nenhuma, desistir de lutar por dias melhores para o povo brasileiro”, afirmou Fátima Bezerra, durante a solenidade.

“Estamos em colapso nacional”, afirmou o coordenador do Fórum dos Governadores, Wellington Dias. E reforçou — “não tem meias palavras. Estamos em um colapso na rede pública e privada de saúde. Precisamos de mais vacinas. Muitos países se fecharam.”

O governador do estado do Piauí também fez críticas às medidas tomadas pelo governo federal, e que contribuem para agravar a situação da pandemia no país, como a redução de R$ 43 milhões no orçamento deste ano para a Saúde. E acrescentou: “Precisamos de um cronograma de vacinas e do auxílio emergencial para garantir empregos.”

A governadora Fátima Bezerra lembrou que o Executivo federal, desde o início da propagação do coronavírus no país, desacreditou e fez pouco caso das recomendações de profissionais ligados à Ciência. “A tragédia que vivenciamos já estava anunciada. Porque ela decorre da postura inaceitável da maior autoridade do país, quando desprezou completamente a Ciência. Enquanto o mundo todo controla a pandemia com isolamento e vacinas, o Brasil enfrenta – neste momento – a pior fase da pandemia”, afirmou.

Fátima Bezerra também destacou a atual situação que atravessa o Rio Grande do Norte no enfrentamento à pandemia, e que as medidas decretadas, apesar de duras, são necessárias à preservação da vida. “São 3.892 famílias enlutadas aqui no Rio Grande do Norte. Quando adotamos as medidas restritivas, fazemos por absoluta necessidade de conter a pandemia. Até porque não dá para negociar com a vida das pessoas.

“A voz destas entidades é muito importante para nós, neste momento, pelo respeito e pelas suas histórias. Por isso, o Manifesto foi muito assertivo quando disse que o povo não pode pagar com a vida. Em defesa da Saúde e da Ciência, nos somamos a este Pacto Pela Vida e pelo Brasil”, finalizou a governadora.

Acompanharam a solenidade os governadores Flávio Dino (MA), Camilo Santana (CE); Renato Casagrande (ES); a vice-governadora, Regina Sousa (PI); o arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo; o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz; o presidente da Comissão Arns, José Carlos Dias; o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich; o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Paulo Jeronimo de Sousa e o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira.

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