O melhor para Mossoró

Entramos na semana da retomada para alguns e início de trabalho para outros, em plenário, no Legislativo mossoroense. Experientes ou não, todos estão na obrigação de conhecer a enorme responsabilidade de trabalhar em favor do município, contribuindo para que benefícios possam chegar nas zonas urbana e rural. Que a bancada de situação possa controlar a política do “sim senhor” e, por sua vez, os oposicionistas entendam que seu papel não é de apenas cobrar e atirar pedras, é preciso propor e defender aquilo que favoreça a cidade, e não suas convicções ideológicas.

A missão do vereador é crucial para o desenvolvimento da cidade. De alguma forma a população depende daquilo que é discutido, votado, transformado em projeto, requerimento ou indicação. É preciso pensar sempre no melhor para Mossoró quando discutir impostos, melhoria de uma rua, limpeza, recuperação de estradas e até apoio para a geração de emprego e renda, fortalecendo as empresas que já estão na cidade e atraindo novos investidores. Assim penso, e logo escrevo.


VELOCIDADE E ACIDENTES 

O pequeno deslocamento entre as cidades de Mossoró e Tibau, zona Oeste do Rio Grande do Norte, para alguns se transformou em espaço para, como se diz, descer o pé e fazer o trajeto em alta velocidade, situação parecida com uma pista de corrida. O resultado, negativo é claro, começa a surgir. Embora seja uma estrada boa, totalmente duplicada, os acidentes já estão acontecendo. E não poderia ser diferente com tanta velocidade.

Já havia percebido essa atitude impensada de alguns motoristas, porém o tema me despertou mais atenção depois de ouvir queixas de moradores de um assentamento as margens da RN-013. É comum ouvir de condutores de veículos mais sensatos que, quando são ultrapassados parece até que estão parados. Embora estejam a 80, 90 ou até 100 quilômetros por hora (km/h). Um absurdo, essas pessoas não cuidam da própria vida e ainda colocam em risco a vida de terceiros. Depois não reclamem quando chegar os redutores de velocidade.

LÁGRIMAS DE CROCODILO

A cena de Rodrigo Maia chorando ao deixar a presidência da Câmara dos Deputados Federais em Brasília, me fez lembrar a expressão “lágrimas de crocodilo”. De acordo com a crença popular esse animal derrama lágrimas a devorar sua presa. Eu até acho que o choro na verdade era fruto da lembrança que não terá mais o privilégio de escolher qual presa será devorada, já que perdeu o poder de presidente.

Reforço a opinião daqueles que apontam como dois anos de atraso a presença de Rodrigo Maia em cargo tão importante e decisivo para o Brasil tocar seus projetos adiante. Claro, defendendo com todas as forças a liberdade e a prerrogativa dos parlamentares fiscalizarem as ações do governo e, quando necessário, impor barreiras para evitar prejuízos ao país. Agora, travar toda e qualquer pauta por divergências políticas, isso não poderia acontecer e não pode continuar. No mais, como se diz, o choro também é livre.

PASSANDO A VASSOURA NO NOGUEIRÃO

Para disputar o Campeonato Brasileiro da Série D o Potiguar precisou mandar seus jogos fora de Mossoró. No próximo dia 24 tem início o Campeonato Estadual, e seria interessante o alvirrubro jogar, mesmo de portões fechados, em sua cidade sede. Porém, para que isso aconteça, é preciso recuperar o estádio Nogueirão. No momento estão passando, digamos assim, uma vassoura na sujeira mais fácil de ser retirada para melhorar o seu aspecto.

Felizmente nós temos agora o ex-atleta Júnior Xavier na condição de secretário municipal de esportes e, se ele tiver condições legais e de estrutura, não tenho dúvida, colocara o estádio a disposição do futebol, como deveria ser. A cidade tem apenas um representante no futebol profissional e, isso posto, não importa quem seja o dono do Nogueirão, a prefeitura precisa sim fazer alguma coisa. Se o estádio não for do município, pode trabalhar em parceria, afinal também precisamos retomar os Jogos Escolares na cidade e o estádio também pode ser utilizado nesta competição que anda abandonada.

CARROS RODANDO, NINGUÉM PARADO

A carga grevista foi preparada, porém me parece não foi bem amarrada e, logo que o “bruto” pegou a estrada, desmoronou tudo. Durou menos que a metade de um dia a greve dos caminhoneiros do Brasil. Estou tomando como base o movimento que acompanhei na BR-304, trecho urbano em Mossoró, nas proximidades do Conjunto Redenção. Qualquer greve é um fardo difícil de carregar.

Me parece que o apelo do presidente Bolsonaro, uma semana antes da data prevista para o início do movimento, no sentido de que o momento não fosse realizado, surtiu efeito. Podemos juntar a esse ato a própria divisão da categoria através de suas entidades sindicais e associações, que tinham posições divergentes sobre o movimento nesse momento. Bem diferente de 2018 quando todos pegaram o mesmo caminhão e foram para a estrada parar o Brasil.

FOLIA DO ABRE OU FECHA

Que não vai ter carnaval oficial todos já sabemos, agora, o que abre e o que fecha no dia programado como feriado nacional pelo calendário, esse quadro segue indefinido. É a folia do abre ou fecha. Setores do comércio estão anunciando, e eles não perderiam essa oportunidade de evitar um feriado, que irão abrir suas portas. Porém existem outros seguimentos que seguem em dúvida sobre o que fazer.

Com isso, leia folia do abre ou fecha, vamos nos aproximando do período carnavalesco com pouca clareza da situação. Daquilo que será permitido ou não. Tem até a turma do meio termo, e eu traduzo: anunciou que iria fechar, depois disse que não e agora propõe fechar porém deixando o grupo em uma espécie de alerta, ou seja, poderá precisar ou não dos serviços. E haja confusão na folia do abre ou fecha no período carnavalesco da pandemia do Covid-19.

MENSAGEM

“Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro”.

Clarice Lispector

DEPOIS DE “JAJÁ” AGORA É HENRIQUE

Na edição passada da nossa coluna conversei um pouco sobre a insistência do ex-senador José Agripino que poderá disputar um mandato nas próximas eleições. E nos últimos dias também ganhou espaço no noticiário político a possibilidade de outro retorno, do ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves. Esse fora de combate desde 2014. Apesar do desgaste de sua imagem depois de passar um tempo na prisão, Henrique continua ativo nos bastidores.

Mas, aos 72 anos, ele não quer ficar apenas como parte do grande elenco, na condição de mero coadjuvante, pretende retomar a sua condição de ator principal. Os comentários sobre esse possível retorno ainda não falam em cargo, mas coloca como certa essa intenção. Apesar dos processos que ainda responde, Henrique não tem condenação em 2ª instância, ou seja, hoje se encontra fora da Lei da Ficha Limpa que impediria uma candidatura. Isso posto, podemos dizer, a velha guarda da política potiguar quer seu espaço de volta.

AÇÕES PARA IMPLEMENTAR O TURISMO

Costumo dizer que a natureza foi pródiga com o litoral da chamada região da Costa Branca no Rio Grande do Norte. Mar tranquilo, belas praias, porém poucas ações governamentais que possam fomentar o turismo, além daquilo que já foi dado pela mãe natureza. Mas, pela movimentação, me parece que estão dispostos a definir outros rumos para essa situação. Assim vejo a iniciativa da prefeita de Tibau, Lidiane Marques (PSDB). Ela deixou seu gabinete e foi se reunir com dirigentes do Senac Mossoró ações que possam fomentar o turismo na sua cidade.

Dentre aqueles que estavam presentes, além do próprio gestor regional do Senac Mossoró, Benjamin Garcia, também esteve do encontro, Marcelo Milito. Ele é coordenador regional do DEL Turismo e aproveitou a presença da chefe do executivo tibauense para apresentar a metodologia inspirada no modelo alemão e que está sendo executada, com sucesso, nos municípios de São Miguel do Gostoso, Tibau do Sul e Parnamirim. Agora é aguardar que, tudo aquilo que foi apresentado em forma de projeto, possa se tornar realidade. Fica nossa torcida.

PANDEMIA, AUXÍLIO EMERGENCIAL E CERVEJA

Depois da queda nas vendas entre os meses de abril maio de 2020 e a recuperação a partir de agosto do mesmo ano, quando chegou a faltar o produto nos supermercados, o consumo de cerveja no Brasil voltou a diminuir no mês de janeiro de 2021. A estimativa é da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil). A queda e o crescimento no consumo tem um parâmetro: O auxílio emergencial, pago a famílias de baixa renda.

Isso mesmo, no período de pagamento do benefício o produto, principalmente a cerveja em embalagens individuais descartáveis, latinhas e long necks, chegou a faltar. O consumo era grande. Com o fim do auxílio emergencial, avaliou a CervBrasil, o consumo voltou a cair. Pelo visto muita gente preferiu encher a cara e não a dispensa com o dinheiro do benefício temporário.

DIREITO DAS PESSOAS IDOSAS

Vamos a nossa dica legal desta edição. Aqui uma atenção especial com os nossos idosos que, se assim Deus permitir, um dia também estaremos vivendo a chamada “melhor idade”. A nossa Constituição Federal diz, em seu artigo 230, que “A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida”. Fiscalize, veja se em seu estado e em sua cidade isso acontece.

Além do caput supracitado, o artigo também traz mais dois parágrafos (§ 1º e §2º). O primeiro traz a seguinte redação: Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares. Já o segundo parágrafo diz que aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos. Além da CF/88 tem o Estatuto do Idoso, cito aqui o artigo 37, só para fechar: O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada.

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