Saúde

Gripe, alergia ou resfriados? Você sabe a diferença?

Saiba como se proteger das enfermidades mais comuns no inverno

Nesta época de oscilação de temperatura, gripes, resfriados, sinusite e alergias são as principais doenças respiratórias que atingem a população. Sintomas como coriza, espirros, obstrução nasal são os problemas de saúde mais comuns e muitas vezes confundem as pessoas que, sem ter uma clareza para diagnóstico, acabam agravando seus quadros com a automedicação.
“O período seco e com queimadas que estamos atravessando favorece o agravamento de doenças respiratórias”, explica a alergista do Hapvida, Adriana Miranda Melo.
Segundo a médica, a alergia respiratória se caracteriza por coriza, espirros, coceira no nariz, obstrução nasal, normalmente sem febre, que aparecem de forma repentina. A obstrução nasal e os espirros também estão presentes no resfriado comum e acontece gradualmente em torno de 2 a 3 dias.

“O estado gripal é um pouco diferente, ele vem com febre, queda do estado geral, dores no corpo, e mais todos os sintomas iguais ao da alergia. As condições também se diferem no que diz respeito à duração da doença, sendo o quadro de resfriado e gripe sem complicações com duração de 7 a 10 dias, e as alergias podem perdurar por muito tempo dependendo da exposição ao alérgeno causador”, destaca Adriana.
Agora se os sintomas incluírem dor de cabeça, secreção nasal abundante e dor na face, pode se tratar de sinusite, que segundo a médica é uma inflamação da mucosa dos seios da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos.

“Ela pode ocorrer devido uma infecção viral ou bacteriana ou ser secundária a quadro alérgico ou qualquer fator que atrapalhe a correta drenagem de secreção dos seios da face”, esclarece a alergista.
Mas a especialista ressalta que apenas um médico pode fazer correta diferenciação das doenças e posterior tratamento. “O tratamento do resfriado comum e da gripe é de suporte, com o tratamento dos sintomas, no caso da rinite faz se necessário a utilização de medicações específicas prescritas pelo alergista, como os anti histamínicos, corticoide nasais, entre outros”.
Alergia – E nesta época em que o sol pouco dá as caras, os cuidados com o controle do ambiente são fundamentais para evitar o aparecimento de mofos. Adriana explica que a alergia a mofo está ligada à poeira domiciliar, que é formada por uma mistura de materiais orgânicos e não orgânicos como ácaros, insetos, pelo de animais, fungos (os micro-organismos contidos no mofo), polens, restos alimentares, descamação de pele humana, lã, penas, fibras de tecidos e bactérias.

“Os ácaros da poeira doméstica no Brasil são os alérgenos mais importantes que provocam as alergias respiratórias. A alergia a mofo é provocada por fungos. Estima-se que 3% a 10% de adultos e crianças, no mundo todo, são afetados por doenças alérgicas fúngicas”, diz a médica.

Veja algumas dicas elencadas pela médica:
– Repare se há alguma situação que favoreça a umidade em casa, como infiltrações e vazamentos;
-Mantenha boa drenagem de água em casa e ao redor dela;
– Remova (nunca o alérgico) o mofo de superfícies visíveis. Faça uma boa manutenção e limpeza de ar condicionado periodicamente;
– Remova plantas (ex: samambaia, árvore da felicidade, etc) que possam estar favorecendo a proliferação de fungos;
– Mantenha boa iluminação e ventilação da casa;
– Utilize capas de colchões e travesseiros impermeáveis, pois evitam a penetração de umidade e consequentemente o desenvolvimento de ácaros e fungos;
– Retire as roupas que ficam guardadas muito tempo, lavando-as e colocando-as ao sol antes de usar;
– Evite deixar toalhas molhadas no banheiro, pois facilitam a proliferação de fungos.

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