Análise

Retorno de aulas sem condições sanitárias é criminoso, diz professora

Para Marleide Cunha, escolas da rede municipal de ensino não oferecem, no cenário de pandemia, segurança para professores, alunos e funcionários

A prefeitura de Mossoró articula o retorno das aulas presenciais na rede municipal de ensino. Por meio de lives e coletando informações junto aos profissionais da área, a Secretaria Municipal de Educação desenvolve ações na tentativa de reabrir as escolas municipais, provavelmente a partir de setembro.

A proposta, no entanto, não vem agradando a pais e professores. Para a maioria dessas pessoas, mesmo com protocolos de biossegurança as unidades escolares de Mossoró não apresentam condições para receber os estudantes com segurança durante a pandemia.

“Não existe nenhuma condição de retorno as aulas presenciais nas escolas e UEIs do município de Mossoró. As escolas não tem estrutura física adequada, as salas de aula são pequenas, superlotadas, sem ventilação; não tem professores e profissionais suficientes para cuidar observar, orientar e vigiar as crianças no sentido de obedecerem os protocolos de segurança sanitária”, analisa a professora Marleide Cunha, presidente licenciada do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM).

Para ela, a suposta segurança alardeada pelo município só existe na teoria. “No papel todo protocolo cabe, mas na realidade concreta vivenciada dentro das escolas, esses protocolos não protegem ninguém. Ele são uma mera ilusão para alimentar um discurso de segurança”, reforça.

Ainda segundo Marleide Cunha, se o município insistir no retorno, a prefeita Rosalba Ciarlini terá que ser responsabilizada pelas consequências. Para a professora, o retorno nas condições atuais das escolas é algo criminoso.

“Se a prefeita Rosalba insistir em retornar as aulas presenciais em setembro, deverá também ser responsabilizada pelas milhares de vidas de crianças, familiares e profissionais da educação que estarão com a vida em risco. Retornar aulas presenciais sem condições físicas, sanitárias e pedagógicas é criminoso”, finaliza.

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