Educação

Professores estão entre os mais vulneráveis à Covid-19

De acordo com médico, docentes já tem inúmeras doenças causadas pela sala de aula e retomar atividades é um grave risco

Grande parte dos docentes tem inúmeras doenças ocasionadas pelo exercício da sala de aula, que por si só já é um espaço propício à propagação do coronavírus. Por conta disso, retomar as atividades presenciais nesse momento da pandemia é um grande risco, apontam especialistas.

Segundo o médico Adalton Silva, consultado pelo Dever de Classe, os docentes estão entre os profissionais mais vulneráveis ao coronavírus. O especialista diz que muitos fatores pesam contra os educadores nessa guerra contra a pandemia, dentre os quais doenças adquiridas no exercício da sala de aula e esse próprio espaço de aglomeração em si, algo propício à disseminação da doença. Ele pondera que não aconselha volta às aulas agora e dá mais esclarecimentos.

Pergunta – Dr, por que os professores estão entre os mais vulneráveis ao coronavírus?

Adalton Silva – Contra os mestres pesam basicamente dois fatores, aliás, três, no caso de alguns. O primeiro é que muitos adquirem várias doenças no exercício da profissão, como problemas na garganta, doenças respiratórias, dores nas costas, esgotamento físico e mental, depressão etc. Isto baixa a imunidade dos mesmos e os torna, naturalmente, muito mais frágeis nessa guerra contra a pandemia.

Pergunta – E o segundo e terceiro fatores?

Adalton Silva – As escolas são espaços naturais de aglomeração, e as salas de aula mais ainda. Já imaginou uma professora ou professor numa sala com 20, 30, 40 ou mais alunos? Um perigo! Se não estiverem todos muito bem protegidos, o risco de contaminação é enorme.

Um terceiro fator também importantíssimo é que muitos professores têm mais de 50 anos e já estão debilitados por causa de outras doenças. Idade e doenças preexistentes compõem um coquetel que pode ser mortal para eles, caso se contaminem com coronavírus.

Pergunta – O senhor acha correto retornar às aulas agora, como prega por exemplo o presidente Bolsonaro?

Adalton Silva – Acho muito arriscado. Eu não aconselharia, sobretudo porque se sabe que ainda não há vacina ou qualquer medicamento eficaz no combate à doença. Por outro lado, nossas autoridades não têm condições ou não querem adaptar as escolas para esse retorno de forma segura. É melhor todo mundo continuar em casa por enquanto. (Fonte: https://www.deverdeclasse.org).

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