12 MÚSICAS ESSENCIAIS NA CULTURA BRASILEIRA – MAS CENSURADAS DURANTE A DITADURA MILITAR

De YOLANDA REIS para a RollingStone

AI-5, ato institucional de 1968, exigia liberação de músicas, filmes e mais previamente à publicação; Chico Buarque, Gilberto Gil, Gal Costa e outros artistas essenciais brasileiros foram reprimidos

Em 1 de abril de 1964, começou o Regime Militar no Brasil. Uma das maiores lembranças da ditadura é o Ato Instucional nº5 – ou AI-5. Este, de dezembro de 1968, instaurou regras como junção dos poderes legislativo e executivo, toques de recolher, proibição de reuniões não autorizadas e, mais lembrado, a censura da liberdade de expressão.

A arte foi uma das que mais sofreu com as medidas. Depois do AI-5, músicas, filmes, livros, revistas e jornais precisavam de aprovação governamental prévia à publicação. Diversos artistas, vivos até hoje, tiveram canções censuradas. Os motivos iam desde subversão à palavras de grafia errada.

Separamos, abaixo, 10 músicas essenciais da cultura brasileira censuradas durante a ditadura.

“Cálice” (1973), Chico Buarque e Gilberto Gil

Letra: “Pai, afasta de mim este cálice / De vinho tinto de sangue”

“Apesar de Você” (1970), Chico Buarque

Letra: “Hoje você é quem manda / Falou, tá falado / Não tem discussão / A minha gente hoje anda / Falando de lado / E olhando pro chão, viu / Você que inventou esse estado / E inventou de inventar / Toda a escuridão / Você que inventou o pecado / Esqueceu-se de inventar / O perdão / Apesar de você / Amanhã há de ser / Outro dia”

“Tiro Ao Álvaro” e “Um Samba no Bexiga” (1973), Adoniran Barbosa

Letra: “Meu coração até parece / Táuba de tiro ao álvaro […] Teu olha mata mais / Que atropelamento de automover / Mata mais que / Bala de revorve.” (“Tiro ao Álvaro”)

“Domingo nois fummo num samba no Bexiga / Na Rua Major, na casa do Nicola / À mezzanotte o’clock / Saiu uma baita duma briga / Era só pizza que avuava junto com as braciola.” (“Um Samba no Bexiga“)

“Jorge Maravilha” (1973), Chico Buarque

Letra: “E nada como um tempo após um contratempo / Pro meu coração / E não vale a pena ficar, apenas ficar / Chorando, resmungando /  até quando, não, não, não […] Você não gosta de mim, mas sua filha gosta”

“Pra Não Dizer que Não Falei das Flores” (1968), Geraldo Vandré

Letra: “Caminhando e cantando / E Seguindo a canção / Somos todos iguais / Braços dados ou não […] Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora / Não espera acontecer […] Há soldados armados, amados ou não / Quase todos perdidos de armas na mão / Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição / De morrer pela pátria e viver sem razão”.”

“Uma Vida Só (Pare de Tomar a Pílula)” (1973), Odair José

Letra: “Pare de tomar a pílula”

“Hoje É Dia de El-Rey” (1973), Milton Nascimento e Dorival Caymmi

Letra: “Filho, meu ódio você tem / Mas El Rey quer viver só de amor / Sem clarins sem mais tambor/ Vá dizer: nosso dia é de amor /  [Filho:] Juntai as muitas mentiras / jogai os soldados na rua / nada sabeis desta terra / hoje é o dia da lua / Leva daqui tuas armas / então cantar poderia / mas nos teus campos de guerra / hoje morreu poesia.”

“Cruel Cruel Esquizofrenético Blues“ e “Ela Quer Morar Comigo na Lua”, (1982), Blitz

Letra: “Esse vazio idiota que te consome/E some com a tua paz / Que se foi como aquela empregada radical / Que você mandou embora numa cena feia / Depois da ceia na noite de Natal / Só porque ela pegou no peru do seu marido” (“Cruel Cruel Esquizofrenético Blues”)

“Ela diz que eu ando bundando” (“Ela Quer Morar Comigo na Lua”)

“Vaca Profana” (1984), Caetano Veloso e Gal Costa

Letra: “Dona das divinas tetas / Derrama o leite bom na minha cara / E o leite mau na cara dos caretas”

“Opinião” (1964), Zé Neti

Letra: “Podem me prender / Podem me bater / Podem, até deixar-me sem comer / Que eu não mudo de opinião / Daqui do morro / Eu não saio, não”

 

 

@ “”Da minha cela na cidade de Nova York / Eu posso ouvir os cacerolazos [panelaços] / Eu sinto o seu cheiro, Pinero  / Todos os ratos malditos têm o mesmo cheiro / Então cuidado Bolsonaro, Guido e Moti e Trump / O cacerolazo é mais alto que todas as suas armas / É o coração das pessoas batendo / E a mensagem está perfeitamente clara / Nossa mãe Terra simplesmente não está à venda”.  Versos da canção “El Derecho de Vivir en Paz”, do chileno VICTOR JARA, adaptados por ROGER WATERS, do Pink Floyd

@ Hoje é dia de celebrar com Helder Cavalcanti, Renato Cabral, Maria de Lourdes Percol e Sueli Barbosa que aniversariam. Parabéns!

@ O Ceará, nosso vizinho e o terceiro estado com mais contaminados pelo coronavírus, oferece uma grande possibilidade de contaminação dos mossoroenses e dos moradores das outras cidades potiguares com as quais tem fronteira. Barreiras sanitarias nas BRs 304 e 405 são necessárias e urgentes.

@Homewear é tendência de moda e estilo que chega forte com o coronavírus. Uma vez que as pessoas ficam mais em casa, elas começam a consumir mais roupas que são confortáveis, mas que também são arrumadas o bastante para aparecer em uma videoconferência ou sair de casa para resolver alguma tarefa,

@ A 16ª. Caminhada de Santo Expedito 2020,  marcada para o dia 19 de Abril,  foi adiada. Logo que seja possível e permitido, uma nova data será marcada e anunciada.

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