Crise

Produção de petróleo em mar pode cair até 23% no RN

Redepetro faz projeção ao avaliar hibernação de plataformas

A paralisação de mais 24 plataformas marítimas no Rio Grande do Norte preocupa a cadeia produtiva potiguar.  A Associação Redepetro RN, que congrega empresas do setor, avalia que a decisão agrava situação já desfavorável, pois a produção marítima total no RN caiu 11,56% em janeiro e fevereiro de 2020, em comparação ao mesmo período de 2019.

A medida da Petrobras deve afundar em 23% a produção total no Estado. “Com a hibernação das plataformas marinhas, teremos redução de cerca de quatro mil barris por dia. Equivale à redução imediata de 11,56% da produção total do RN de janeiro e fevereiro de 2020, daí, esse percentual pode dobrar”, explica o presidente da Redepetro, Gutemberg Dias.

Ele acrescenta que, nos dois primeiros meses de 2020, o Estado produziu 2.126.683 barris de petróleo. “Se suprimíssemos a atividade de mar, teríamos uma produção de 1.880.708 barris, ou seja, em fevereiro de 2020 a média foi de 35.444 mil barris por dia. Sem o mar, reduziríamos nossa produção diária para 31.345 barris, quatro mil a menos”, alerta.

IMPACTO

A decisão de hibernar 24 plataformas foi comunicada em carta, datada do último dia 8, pela Gerência Setorial de Relações Sindicais da Petrobras ao Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (Sindipetro), para quem a decisão eleva para 29 o total de plataformas hibernadas no Estado. Para a Redepetro, a medida atinge diretamente a cadeia de petróleo e gás.

“Não resta dúvida que a hibernação em campos offshore da Bacia Potiguar, associado ao declínio ano a ano da produção total de petróleo no RN, impactará sobremaneira a produção e, consequentemente, a arrecadação de impostos e royalties aos cofres do estado. Sem contar a desmobilização de mão de obra própria e terceirizada”, avalia Dias.

Ele ressalva, porém, que a situação do setor em mar é diferente da produção em terra (onshore). “Já havia a ideia de desinvestir esses campos de mar. Só que a Petrobras suspende a produção. Diferente dos campos terrestres, que ela vendeu e continuam produzindo. Inclusive, o campo de Riacho da Forquilha (Oeste) já aumentou a produção desde quando a Potiguar E&P assumiu a produção, no final do ano passado”, compara.

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